Comunidades ciganas na Bahia são alvo de 4 crimes violentos em 2023
Diversas mortes foram registradas
Foto: Reprodução
A Bahia tem enfrentado uma série de crimes violentos envolvendo membros de comunidades ciganas ao longo deste ano, com dois casos específicos que ganharam destaque nacional. Somente em 2023, ao menos 4 episódios foram registrados.
O primeiro ocorreu em abril, quando Dione Pereira da Silva, de 29 anos, foi morto a tiros em Teixeira de Freitas. O conflito entre grupos ciganos parece ter sido motivado por vingança, após a morte de Deolan Pereira da Silva. Três homens foram presos em flagrante pela polícia da cidade, embora não se saiba se eles também pertenciam às comunidades ciganas.
Em julho, outro crime aconteceu. Hyara Flor Santos Alves, uma adolescente de apenas 14 anos, foi morta em Guaratinga. Inicialmente, o marido dela, que também tinha 14 anos, foi considerado o principal suspeito do crime. No entanto, a investigação apontou que o disparo fatal foi acidental, resultado de uma brincadeira com uma arma de fogo. Após essa conclusão, o jovem foi liberado. A família de Hyara Flor contratou um perito para contestar essa versão.
Uma chacina em Feira de Santana, aconteceu no mês de agosto. Quatro pessoas foram mortas e uma mulher ficou ferida em um restaurante no centro da cidade. A motivação por trás desse crime ainda é desconhecida, e nenhum suspeito foi preso até o momento. Quatro homens encapuzados entraram no estabelecimento e abriram fogo contra o grupo de ciganos antes de fugir, usando distintivos de polícia.
Um outro incidente também ocorreu em Jequié, na última quinta-feira (05), quando seis membros de uma mesma família cigana foram encontrados mortos a tiros em sua casa. As vítimas tinham idades que variavam de 5 a 65 anos e todos eram membros da comunidade cigana local. A autoria e motivação ainda são desconhecidas. Dois dias antes, um parente da mesma família, Iomar Barreto Cabral, foi encontrado morto dentro de um carro na cidade de Rafael Jambeiro.
As autoridades continuam investigando esses casos, mas ainda não há respostas definitivas sobre as motivações e os responsáveis por esses atos de violência. .