Confiança dos empresários cresce 0,7 ponto em março, aponta FGV
Essa foi a primeira alta do indicador desde novembro do ano passado
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O Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,7 ponto em março, para 91,8 pontos, interrompendo a sequência de quedas iniciada em novembro do ano passado. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador registra queda pela sexta vez seguida, desta vez em 0,8 ponto.
O ICE avalia os índices de confiança de empresários brasileiros dos quatro setores econômicos analisados pela FGV: indústria, construção, comércio e serviço.
A elevação foi influenciada pelo Índice de Situação Atual Empresarial, que mede a confiança no presente. Esse índice subiu 4 pontos, chegando a 92,1 pontos. No entanto, o Índice de Expectativas, que verifica a percepção dos empresários sobre o futuro, apresentou recuo de 0,9 ponto e atingiu 92,4 pontos.
Dos quatro setores, apenas serviços avançou em março, com alta de 3 pontos, chegando a 92,2 pontos. A indústria teve a maior queda (-1,7 ponto), mas continua sendo o setor com maior confiança (95 pontos).
Os outros setores que registraram queda na confiança foram comércio, que recuou 0,2 ponto, ocupando a pior posição com 86,8 pontos, e construção, que teve declínio de 0,8 ponto e chegou a 92,9 pontos.
De acordo com o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., grande parte da alta da confiança no mês é explicada pela melhora dos números da pandemia do novo coronavírus. No entanto, existe grande preocupação sobre a queda das expectativas, em meio ao impacto da invasão russa à Ucrânia na economia mundial e ao efeito esperado das altas de juros sobre a demanda interna.