Confira os vencedores do Pulitzer 2023
Prêmio é o mais prestigiado do jornalismo nos Estados Unidos
Foto: Reprodução/Pulitzer Prize
O Prêmio Pulitzer 2023 anunciou os vencedores das 15 categorias de jornalismo, nesta segunda-feira (8), nos Estados Unidos. Foram premiados trabalhos que retrataram a guerra na Ucrânia, casos de racismo e as políticas de imigração dos EUA durante o governo Trump.
Distribuído pela Universidade de Colúmbia, o Pulitzer é considerado a premiação de maior prestígio no jornalismo dos Estados Unidos.
Confira abaixo os ganhadores de cada categoria:
Serviço público:
Associated Press
Reportagem sobre a cidade de Mariupol, na Ucrânia, que testemunhou o massacre de civis na invasão do país pela Rússia.
Reportagem de última hora (breaking news)
Equipe do Los Angeles Times
Por revelar uma conversa secretamente gravada entre funcionários da cidade que incluía comentários racistas, seguidos pela cobertura da turbulência resultante rapidamente e peças profundamente relatadas que se aprofundaram nas questões raciais que afetam a política local.
Reportagem Investigativa
Equipe do The Wall Street Journal
Por relatar conflitos de interesses financeiros entre funcionários de 50 agências federais. A publicação revelou quem comprava e vendia ações regulamentadas por eles próprios, além de violações éticas de pessoas encarregadas de proteger o interesse público.
Reportagem explicativa
Caitlin Dickerson, do The Atlantic
Pelos detalhes profundos e convincentes sobre a política do governo Donald Trump quem segundo a publicação, separou à força as crianças migrantes de seus pais, resultando em abusos que persistiram sob o atual governo.
Reportagens locais
Anna Wolfe, do Mississippi Today
Por revelar como um ex-governador do Mississippi usou seu cargo para direcionar milhões de dólares para beneficiar sua família e amigos, incluindo o ex-jogador de futebol americano Brett Favre.
John Archibald, Ashley Remkus, Ramsey Archibald e Challen Stephens, da AL.com
Por uma série que expõe como a força policial da cidade de Brookside atacava os residentes para aumentar sua receita. A cobertura levou à renúncia do chefe de polícia, quatro novas leis e uma auditoria estadual.
Reportagem Nacional
Caroline Kitchener, do The Washington Post
Pela reportagem que abordou as consequências do caso "Roe contra Wade" (briga judicial, ocorrida em 1973, sobre liberdade individual de mulheres grávidas). A publicação inclui a história de uma adolescente do Texas que deu à luz gêmeos depois que novas restrições a impediram de fazer um aborto.
Reportagem Internacional
Equipe do The New York Times
Pela cobertura da invasão da Ucrânia pela Rússia, incluindo uma investigação de oito meses sobre as mortes de ucranianos na cidade de Bucha e a unidade russa responsável pelos assassinatos.
Reportagem especial
Eli Saslow, do The Washington Post
Por trazer narrativas individuais sobre pessoas que lutam contra a pandemia, falta de moradia, vício e desigualdade, e que formam coletivamente um retrato observado na América contemporânea.
Comentário
Kyle Whitmire, do AL.com
Por colunas que documentam como a herança confederada do estado do Alabama, nos EUA, ainda colore o presente com racismo e exclusão. As histórias são contadas por meio de passeios por sua primeira capital, suas mansões e monumentos – e pela história que foi omitida.
Crítica
Andrea Long Chu, da revista New York
Por resenhas de livros que examinam autores e suas obras, usando múltiplas lentes culturais, com foco em tópicos sociais.
Redação Editorial
Nancy Ancrum, Amy Driscoll, Luisa Yanez, Isadora Rangel e Lauren Costantino, do Miami Herald
Por uma série de editoriais sobre o fracasso dos funcionários públicos da Flórida em fornecer comodidades e serviços financiados pelos contribuintes.
Reportagens e comentários ilustrados
Mona Chalabi, colaboradora do The New York Times
Por ilustrações que combinam relatórios estatísticos e análises aguçadas sobre a riqueza e o poder econômico do fundador da Amazon, Jeff Bezos.
Fotografia de última hora
Equipe de fotografia da Associated Press
Por captar imagens das primeiras semanas da invasão da Ucrânia pela Rússia – incluindo a devastação de Mariupol após a saída de outras agências de notícias –, além de imagens das vítimas e do povo ucraniano que conseguiu fugir.
.Pulitzer
Para inscrição de trabalho jornalístico, a exigência é que o conteúdo tenha sido veiculado em um jornal, revista ou site de notícias dos EUA que tenha publicação regular.
Já para prêmios de livros, drama e música, apenas cidadãos norte-americanos podem se candidatar. A exceção é a categoria "história", na qual o autor pode ser de qualquer nacionalidade, desde que o livro trate especificamente da história dos Estados Unidos.
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