Conflito no Leste Europeu: a paz está distante
Confira o nosso editorial desta quinta-feira (3)
Foto: Reprodução/Pixabay
A Rússia avança em território ucraniano em meio a notícias de que uma segunda rodada de negociações para um cessar-fogo acontece ainda nesta quinta-feira (3).
Ao que parece, Vladimir Putin está bastante esforçado em neutralizar o país vizinho com que está em uma iminente e complexa guerra.
O noticiário ocidental informa que Kherson, no sul da Ucrânia, está sob domínio das forças russas. Por estar em uma enseada do Mar Negro, é uma cidade estratégica. Kherson parece ser a primeira grande cidade a cair pela força da invasão.
Mas os bombardeiros continuam não apenas em Kherson, segundo relatos de autoridades e civis ucranianos pela internet.
O presidente da Câmara de Mariupol, também no sul, descreveu os ataques como "implacáveis". Também noticia-se que foram ouvidas explosões na capital ucraniana Kiev no início da manhã desta quinta.
Segundo as autoridades da Ucrânia, mais de 2 mil civis morreram desde o início da invasão russa. Deram conta também da destruição de centenas de infraestruturas incluindo hospitais, jardins de infância, transportes ou residências. Ou seja, a Rússia amplia, sim, ataques a civis.
Do ponto de vista bélico, os ataques da Rússia, que por si só já justificam condenar Putin, são o que há de pior no conflito, geograficamente no Leste Europeu, mas que envolve outros agentes – nações e entidades – de outras porções do mundo.
Vide Estados Unidos e países membros da Otan, que parecem alimentar cada dia mais o acirramento das tensões, bravejando contra a Rússia com sanções e discursos duros direcionados a Putin, mas ainda fica uma sensação de ‘deixa rolar um pouco mais’.
A paz ainda parece ser uma palavra e um sentimento distante.