Congolês é morto após cobrar R$ 200 de diárias de trabalho não pagas
Africano foi espancado até a morte na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio
Foto: Reprodução
A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputada estadual Dani Monteiro (Psol), afirmou na manhã desta terça-feira (1°) que o congolês Moïse Kabamgabe foi espancado até a morte depois de cobrar R$ 200 por duas diárias de trabalho não pagas. O africano trabalhava em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
“O Moïse foi cobrar duas diárias de trabalho no quiosque, e isso equivale a R$ 200”, disse a parlamentar. Na sequência, a ativista Mônica Cunha questionou: “A vida negra vale R$ 200?”. Agentes da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro devem ouvir ainda nesta segunda o dono do quiosque.
No fim da manhã, advogados que representam o estabelecimento chegaram à DH, na Barra. Eles, no entanto, não quiseram falar com a imprensa. Ativistas do movimento negro realizaram um protesto na porta da delegacia. Em depoimento, testemunhas afirmaram que Moïse pediu para não ser morto enquanto era espancado. Uma das linhas de investigação averiguadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que apura o caso, é que os homens que o espancaram eram seguranças do quiosque.
