Consórcio de veículos jornalisticos dos EUA publicam detalhes de documentos vazados do Facebook
Empresa foi alertada sobre a disseminação de desinformação e discurso de ódio antes das eleições americanas de 2020
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As denúncias feitas por Frances Haugen, contra o Facebook, ganharam nova dimensão na última sexta-feira (22), após um consórcio formado por 17 veículos jornalísticos dos Estados Unidos, incluindo New York Times, CNN e Washington Post, chamado “The Facebook Papers”, começar a publicar detalhes de documentos vazados da companhia de Mark Zuckerberg.
Os documentos mostram que o Facebook foi alertado por funcionários sobre a disseminação de desinformação e discurso de ódio antes das eleições americanas de 2020. Além disso, pesquisas internas da empresa revelam que os algoritmos impulsionam conteúdos de movimentos conspiratórios como o QAnon.
Os veículos jornalísticos tiveram acesso a documentos recebidos pelo Congresso americano, em grande maioria os materiais divulgados por Frances Haugen, que prestou depoimento no Senado dos Estados Unidos em 5 de outubro.
As primeiras revelações de pesquisas internas do Facebook começaram em setembro com uma série de reportagens do Wall Street Journal, que se baseou inicialmente nas revelações de Frances Haugen. O dossiê indicou que o Facebook aumenta o alcance de publicações de ódio, permite a circulação de conteúdos sobre tráfico humano e de drogas, trata celebridades e políticos com regras diferenciadas e não mantém o mesmo nível de moderação em países fora dos Estados Unidos.
Também foram divulgados detalhes sobre o impacto do Instagram na saúde mental de crianças e adolescentes.