Consumidores lesados admitem fraude contra pessoas, empresas ou governo, diz pesquisa
Os dados da CNDL e SPC-Brasil mostram que 34% dos consumidores que cometeram fraudes obtiveram êxito
Foto: Reprodução
Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Brasil), em parceria com o Sebrae, com vítimas de fraudes aponta que boa parte dos consumidores lesados também já cometeram algum tipo de fraude contra pessoas, empresas ou sobre o governo. A pesquisa destaca que um em cada cinco entrevistados que foram vítimas de fraudes nos últimos 12 meses admite ter adotado algum comportamento ilícito com empresas, pessoas ou o governo, a fim de levar vantagem financeira (20%).
De acordo com a pesquisa, 19% cometeram essas ações contra empresas e pessoas. Entre esses consumidores, a fraude mais comum foi a utilização de serviços de forma irregular, uso de “gato” em serviços de TV por assinatura, banda larga, luz, telefone, citada por 24%. Em seguida, aparecem a alegação falsa que determinado produto estava anunciado com um preço menor com o intuito de pagar mais barato (15%); consumir mercadorias dentro da loja e não pagar pelo produto (14%); e o cancelamento de compra realizada pela internet, após ter recebido a encomenda (14%).
Os dados mostram que 34% dos consumidores que cometeram fraudes obtiveram êxito ao tentar extrair vantagens de terceiros. A maioria não sofreu consequências pelo comportamento fraudulento, mas 38% tiveram que lidar com consequências diversas: o nome negativado (12%); a perda de acesso ao crédito (12%); pagamento de multa e fiança (10%) e exposição à quebra de sigilo bancário, telefônico e dados cadastrais (7%).
As tentativas de fraude contra o governo foram admitidas por 9% dos entrevistados. Entre esses, 39% admitiram a não declaração de posse de algum bem e 33% confessaram a obtenção de recibos falsos para abatimento de imposto de renda, com aumento de 9 pontos percentuais em relação a 2019.