Contas de jornalistas dos EUA são suspensas no Twitter após Elon Musk se sentir em perigo
Profissionais foram acusados de violar os termos da rede social e colocar do dono da plataforma, e seus familiares, em perigo

Foto: Divulgação/Twitter
Alguns jornalistas norte-americanos tiveram as contas suspensas no Twitter, na quinta-feira (15), após serem acusados de violar os termos da rede social e colocar a vida de Elon Musk, dono da plataforma, e os familiares em perigo.
“Eles publicaram minha localização exata em tempo real, literalmente as coordenadas que permitiriam um assassinato, em violação direta (e óbvia) dos termos de serviço do Twitter”, escreveu Musk. De acordo com o empresário, as regras se aplicam tanto “aos jornalistas’ quanto a qualquer outra pessoa”.
O caso foi iniciado na quarta-feira (14), quando Musk tuitou que um veículo em Los Angeles que transportava um de seus filhos foi seguido por “um perseguidor maluco” e deu a entender que atribuía o suposto incidente ao rastreamento de seu jato particular.
Musk também anunciou que iria processar a pessoa por trás da agora suspensa conta @ElonJet que foi criado por um estudante e é seguido por cerca de 500 mil pessoas. O usuário é usa dados públicos para indicar automaticamente quando e onde o avião do magnata decolou e pousou. Quando comprou o Twitter em outubro, Musk prometeu que não ia mexer na conta @ElonJet.
Reverberação da notícia
Qualificando a decisão do magnata como “preocupante”, a vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, lembrou em um tuíte que há “linhas vermelhas” e o ameaçou “com sanções, em breve”.
“A liberdade de imprensa não deve ser ligada e desligada à vontade”, tuitou o ministério das Relações Exteriores da Alemanha.
O ministro francês da Transição Digital, Jean-Noël Barrot, disse na mesma rede social que estava “angustiado com a guinada a que Elon Musk está precipitando o Twitter”: “A liberdade de imprensa está na mesma base da democracia, é um ataque contra o outro”.