COP30: Diante do alto custo de hospedagem em Belém, ONU cobra mais subsídios do Brasil
Apenas 47 dos 196 países previsto confirmaram presença

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Em meio à pressão internacional sobre o alto preço das hospedagens em Belém, o Brasil divulgou nesta sexta-feira (22) que apenas 47 dos 196 países previstos têm hospedagem e confirmaram presença na COP30.
Faltam 80 dias para o começo do evento e, nos bastidores, a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brasil vivem um impasse sobre aumento da ajuda (subsídios) para que delegações de países pobres participem da conferência. O governo considera buscar apoio para oferecer subsídios sem o uso de recursos públicos.
Os representantes das delegações e a organização do evento participaram nesta manhã de encontro na ONU. O Brasil prestou esclarecimentos sobre as atuais condições de hospedagem e os pedidos feitos pelos países. No mês passado, foi divulgada uma carta de países que pressionavam o Brasil pelo alto custo das hospedagens e cobravam medidas.
Segundo a Casa Civil e a Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop), uma das demandas que continua sendo feita pelas delegações é que a ONU aumente o subsídio de diárias para Belém. E, ao mesmo tempo, a ONU pediu que o próprio governo brasileiro ajudasse pagando parte das hospedagens para os países em desenvolvimento. A proposta foi recusada pelo Brasil.
Países confirmados
Entre os países que já confirmaram a presença no evento, oito fecharam acordo diretamente com hotéis. São eles: Egito, Espanha, Portugal, República Democrática do Congo, Singapura, Arábia Saudita, Japão e Noruega.
Há ainda 39 países que conseguiram hospedagens pela plataforma fornecida pelo governo federal - a maioria deles países em desenvolvimento. Os nomes, porém, não foram divulgados.
O governo disse que vai fazer uma força-tarefa para acelerar o número de confirmações. Segundo a organização, um grupo técnico vai buscar as delegações para entender as principais dificuldades e buscar alternativas.