STF forma maioria para condenar Zambelli por perseguir jornalista com arma; é a segunda condenação da deputada
Caso aconteceu às vésperas do segundo turno das eleições de 2022

Foto: Reprodução/Redes sociais
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Atualmente, o julgamento conta com 7 votos a favor e 2 contra.
O STF retornou com o julgamento na última sexta-feira (15) e deve finalizar nesta sexta-feira (22). Faltam os votos dos ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.
Zambelli é ré no Supremo por ter sacado uma arma de fogo e perseguido o jornalista Luan Araújo durante um ato político no bairro dos jardins, em São Paulo. O caso aconteceu às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
Até o momento, a maioria dos membros da Corte segue o voto do relator, Gilmar Mendes. Ele e os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Edson Fachin votam pela condenação de Zambelli.
Os ministros Nunes Marques e André Mendonça apresentaram divergências ao voto do relator.
Marques votou pela absolvição quanto ao crime de porte ilegal de arma de fogo e retirou o crime de constrangimento ilegal para exercício arbitrário das próprias razões.
Já Mendonça absolveu Zambelli do crime de porte ilegal de arma de fogo e a condenou a oito meses de prisão em regime aberto por constrangimento ilegal.
Prisão de Zambelli
Carla Zambelli foi presa na Itália no último dia 29 de julho. Ela havia fugido para o país após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão dos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio do hacker Walter Delagatti Neto. Além da prisão, a deputada terá que pagar R$ 2 milhões em danos coletivos.
Após a fuga, o governo brasileiro solicitou a extradição da deputada para o Brasil. O pedido de extradição de Carla Zambelli foi oficializado no dia 11 de junho pelo ministro Alexandre de Moraes e, em seguida, enviado pelo Itamaraty ao governo da Itália.
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