Coreia do Sul pretende entrar na justiça contra o Japão por despejo de água de Fukushima no mar
Governo japonês anunciou detalhes sobre medida nesta terça-feira (13)

Foto: Reprodução/Revista KoreaIN
O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, ordenou nesta quarta-feira (14) que seja realizado um estudo para processar o Japão no Tribunal Internacional do Direito do Mar, criado em 1982 pela Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, pela decisão de lançar no Oceano Pacífico água contaminada da central nuclear de Fukushima, anunciada na terça-feira (13).
Em entrevista coletiva, o porta-voz do governo sul-coreano, Kang Min-seok, externou a preocupação do presidente do país ao embaixador. "Não posso deixar de dizer que há muitas preocupações aqui sobre a decisão do Japão, ainda mais por sermos um país que está geologicamente mais próximo e compartilha o mar com eles", disse.
O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, emitiu um comunicado dizendo que havia externado preocupações semelhantes às do presidente ao governo dos Estados Unidos, depois que o Departamento de Estado americano apoiou a medida japonesa.
O Japão argumenta que a água armazenada (oriunda da chuva, de fontes subterrâneas contaminadas e da água usada para resfriar os reatores) será filtrada para remover isótopos nocivos à saúde e diluída para atender aos critérios internacionais. Especialistas, porém, afirmam que não se sabe os riscos da exposição em longo prazo a materiais como o trítio, que não pode ser removido da água.