Coronavírus

Coronavírus: Brasil demora mais do que Itália e Espanha para passar de cem para mil casos

OMS orienta ampliar testes

Por Da Redação
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Coronavírus: Brasil demora mais do que Itália e Espanha para passar de cem para mil casos

Foto: Reprodução/G1

A Universidade americana Johns Hopkins compilou dados que apontam que o Brasil demorou mais para passar de cem para mil casos de Covid-19 do que países como Itália e Espanha. 

Segundo a Universidade, o levantamento considera a partir do 100º caso porque antes disso existe muita incerteza nos dados, e até chegar a essa marca alguns países registraram quase exclusivamente casos importados. A barreira do 100º episódio é, ainda, um limite arbitrário para presumir que um país já está tendo transmissão comunitária (ocorrências internas, não importadas).

Os países europeus mais afetados pelo vírus são Itália e Espanha. O primeiro registrou mais de 59 mil casos e 5,4 mil mortes. Já os espanhóis tiveram 28,7 mil pacientes com 1,7 mil mortes.

Os países adotaram mesma estratégia brasileira, restringindo os testes aos casos mais graves. O que provocou colapso nos sistemas de saúde A justificativa era de que este era um recurso finito e caro.

A médica Gulnar Azevedo, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, diz que a notícia é boa, mas o pior está por vir.

“Só agora está entrando em áreas com muita densidade demográfica”, explica.

Testes

A Organização Mundial de Saúde (OMS) critica a medida adotada pelos países. O recomendado é que seja ampliada a quantidade de testes. 

Com o aumento da doença, os três países estão buscando mecanismos para ampliação do número de exames — o Brasil, por exemplo, comprou 10 milhões de testes.

Estados Unidos e Alemanha também passaram de cem para mil casos mais rápidos do que o Brasil. O primeiro levou oito dias (entre 03 e 11 de março) e o segundo, sete (entre 02 e 09 de março).

Os americanos também restringiram o acesso aos testes aos pacientes mais graves. Já a Alemanha adotou medidas mais parecidas com a Coreia do Sul e Cingapura, que aumentaram o volume de exames realizados e conseguiram conter o número de doentes.
 

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