Coronel quer acesso ao conteúdo das Fake News disparadas por computadores do Senado

O presidente da CPMI das Fake News, senador Angelo Coronel (PSD-BA), quer acesso aos conteúdos das páginas desativadas que foram usadas de dentro do Senado Federal para ataques virtuais no ano passado, conforme mostrou uma reportagem do jornal O Globo. Nesta terça-feira (10), o senador acionou hoje a Polícia Legislativa para identificar os computadores usados para para disparos de ataques contra adversários de Jair Bolsonaro. 

A reportagem informa que uma delas, a “snapnaro”, foi citada no depoimento da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder de governo Bolsonaro no Congresso, ao colegiado em 4 de dezembro de 2019, mesmo dia em que a conta foi apagada, depois de dois anos de atuação. 

De acordo com Angelo, o Facebook alega que os conteúdos estão protegidos pela Lei americana. "Teve decisão no STJ que mostra que empresas sediadas no Brasil estão sujeitas às Leis brasileiras. Irei até o fim nesta briga com essas plataformas [Facebook, Instagram e Twitter] e espero contar com a ajuda da Justiça brasileira, pra que a gente consiga esses conteúdos e possa, a partir daí, coibir essas práticas de uso de redes sociais para depreciar pessoas", contestou.

O senador entende ser "inconcebível" que o Senado seja usado "para fazer eleições, atacar alvos, depreciar imagem e honra de pessoas". Coronel explicou que a Comissão não tem não tem caráter punitivo, mas investigativo, portanto, assim que identificados os responsáveis, as medidas devem ser adotadas pelo Ministério Público Federal.

Ele adiantou que a polícia do Senado já iniciou as investigações para saber onde estão instaladas e quem operou as máquinas de onde transitaram pelo menos 192 mensagens.