STF e CNJ investigam o juiz federal citado pela PF por golpe de estado
O ministro Alexandre de Moraes, é que faz a decisão pelo procedimento criminal, relator do caso no STF
Foto: Reprodução/TSE
O Supremo Tribunal Federal(STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apuram a conduta de Sandro Nunes Vieira, juiz federal, citado no relatório da Polícia Federal relativo ao inquérito que analisa uma tentativa de golpe de Estado.
O ministro Alexandre de Moraes, é que faz a decisão pelo procedimento criminal, relator do caso no STF. Já no CNJ, o inquérito administrativo foi aberto de ofício pelo corregedor Nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, que toma a decisão se o magistrado será afastado.
O CNJ também recebeu por Moraes na terça-feira (27) um ofício relatando a conduta do magistrado. Em nota, o CNJ diz que o caso "foi encaminhado à Corregedoria Nacional de Justiça, a quem cabe analisar denúncias relativas a magistrados". O caso é sigiloso.
Sandro Nunes Vieira é juiz federal vinculado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e foi atuante no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2019 e agosto de 2022, como auxiliar da presidência da Corte em 2021, durante a gestão de Luís Roberto Barroso.
Em 2020, foi indicado pela presidência do TSE, ministra Rosa Weber, para integrar o grupo gestor do Programa de Enfrentamento à Desinformação nas eleições daquele ano.
Vieira foi citado no documento final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe como um dos responsáveis por assessorar o PL na elaboração de um arquivo com ataques, sem provas, ás urnas eletrônicas. O relatório foi utilizado em uma representação ao TSE contra a votação do 2° turno das eleições de 2022, em que Bolsonaro foi derrotado. O magistrado não aparece na lista das 37 pessoas indiciadas no inquérito.