Corpo de estudante da USP desaparecida há quatro dias é encontrado com sinais de violência
Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, sumiu após chegar à estação de metrô

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O corpo da estudante da Universidade de São Paulo (USP) Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrado com marcas de agressão nos fundos de um estacionamento na Zona Leste de São Paulo na quinta-feira (17), quatro dias após ela desaparecer.
Bruna Oliveira deu notícias pela última vez ao sair do metrô, na noite do último domingo (13). Ela deixa um filho de sete anos.
Segundo a família, Bruna passou o fim de semana na casa do namorado no Butantã, bairro na Zona Oeste de São Paulo. Para voltar para casa, ela pegou o metrô e se deslocou até a estação Corinthians-Itaquera da linha 3-Vermelha, na Zona Leste da cidade.
Quando chegou à estação, ela ligou para mãe, informando que havia perdido o ônibus e que estava com pouca bateria no celular. A mãe fez uma transferência de dinheiro para a filha voltar de carro de aplicativo. Bruna acessou o celular pela última vez às 22h21 e não chegou em casa.
O corpo dela foi localizado pela polícia na Avenida Miguel Ignácio Curi, região da Vila Carmosina, também na Zona Leste de São Paulo. A família compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) nesta sexta-feira (18) e realizou o reconhecimento do corpo por meio das tatuagens da jovem.
Formada em turismo pela USP em 2018, ela retornou à universidade neste semestre para começar o mestrado. Em entrevista à TV Globo, a mãe de Bruna ontou que a filha era sua grande inspiração de vida e que lutava contra a violência de gênero.
“Minha filha sempre lutou em prol do feminismo. Ela era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como ela mais temia e como eu mais temia. E aí pergunto: 'por que não fui eu?'. A dor seria bem menor", afirmou a mãe da jovem, Simone da Silva.
"Hoje eu estou enterrando a minha princesa, a minha melhor amiga, a pessoa que eu podia contar. Eu a perdi. Está indo metade de mim ou mais da metade de mim. Quando que vou sorrir de novo? Não sei", continuou Simone.
O caso é investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).