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Covaxin: Bolsonaro afirma que não tem cabimento fazer uma fraude de 1000%

Presidente afirma que polêmica em torno do contrato de compra da vacina não passou de erro, que foi corrigido nos dias seguintes

Por Da Redação
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Covaxin: Bolsonaro afirma que não tem cabimento fazer uma fraude de 1000%

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Na manhã desta segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que houve apenas um erro administrativo no contrato de compra da vacina indiana Covaxin, alvo do Ministério Público Federal e da CPI da Covid no Senado. Segundo ele, o erro foi corrigido nos dias seguintes à visita do deputado Luís Miranda (DEM-DF), que o alertou sobre supostas irregularidades no trâmite da empresa com o Ministério da Saúde. 

Bolsonaro disse ainda que seus opositores inventaram a "corrupção virtual". "Não recebemos uma dose, não pagamos um centavo. A emenda [que viabilizou a importação] da Covaxin veio deles, do Randolfe [vice-presidente da CPI] como relator, do irmão do Renan [deputado Renildo Calheiro, PCdoB-PE] se do próprio Omar Aziz [presidente da comissão]."

De acordo com o presidente, seu governo é perseguido. "Eles querem o Brasil como era antigamente e viver na impunidade. Então estão fazendo coisa para eles bastante certa. Estão de parabéns com os objetivos deles", disse.

Na ocasião, voltou a defender a adoção do voto impresso nas eleições de 2022. "Não mudamos o Brasil se não tivermos um sistema eletrônico confiável. Tiraram o cara [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva] da cadeia, tornaram elegível para ser presidente na fraude. E a fraude é esse sistema de votação que está aí. Podem ver as articulações para que não haja o voto impresso", disse.

Ricardo Barros

Nas redes sociais, o deputado federal e líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), se defendeu, neste domingo (27), após ser citado na CPI da Covid como o deputado que o próprio presidente Jair Bolsonaro apontou como responsável por suposto esquema na compra irregular da vacina indiana Covaxin.

“Não participei de nenhuma negociação em relação a compra das vacinas Covaxin. ‘Não sou esse parlamentar citado’ (sic). A investigação provará isso”, escreveu. 

A citação a ele veio do depoimento desta sexta-feira (25) na CPI, do também deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Conforme o parlamentar, ele teria recebido as informações de seu irmão: o servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda, com quem teria ido a reunião presencial com Bolsonaro para denunciar o caso.

No encontro, segundo o deputado Miranda, o presidente teria reagido a denúncia apontando o deputado Ricardo Barros como responsável pela compra irregular de 300 mil doses da Covaxin. Ainda de acordo com o deputado, o presidente então teria prometido pedir investigação à Polícia Federal do caso.
 

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