Covid-19: Brasil registra 27 casos da variante Ômicron
Até o momento, não há nenhuma morte relacionada a nova variante
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Dados do Ministério da Saúde, divulgados na última segunda-feira (20), mostram o registro de 27 casos da variante Ômicron do novo coronavírus no Brasil. Entretanto, não há registro de mortes causadas pela nova cepa no país. Segundo a pasta, as infecções foram registradas em São Paulo (16), em Minas Gerais (3), em Goiás (4), no Distrito Federal (2), no Rio Grande do Sul (1) e no Rio de Janeiro (1). Há ainda sete casos em investigação, 2 em Goiás e 5 em Minas Gerais.
Apesar das indicações de que a Ômicron não é mais grave do que a variante Delta, ainda dominante no mundo, os dados iniciais sugerem que ela pode ser mais infecciosa e possivelmente mais resistente às vacinas. Fabricantes de imunizantes afirmam que, embora haja a possibilidade de que as vacinas existentes sejam menos eficazes contra a Ômicron, é provável que protejam os infectados pela nova variante contra quadros graves da Covid-19.
Os estudos, ainda preliminares, mostram que a nova cepa pode escapar parcialmente de uma primeira barreira de proteção oferecida pelos imunizantes. E sugerem um caminho: doses de reforço.
Considerada uma variante de preocupação pela OMS, a Ômicron foi identificada na África do Sul em 24 de novembro. Até o momento, a cepa já matou 12 pessoas no Reino Unido. Nos Estados Unidos, a variante já se tornou dominante e corresponde a cerca de 73% dos novos casos.
Vacinas
Uma pesquisa realizada na África do Sul, com 12 pessoas, aponta que houve declínio de 41 vezes nos níveis de anticorpos neutralizantes contra a nova variante em vacinados com a Pfizer. O estudo, do Instituto de Pesquisa em Saúde de Durban, também mostrou que a proteção parece ser maior entre os que já tinham se infectado antes de tomar a vacina.
Para Alex Sigal, virologista que conduziu o estudo, os dados trazem boas notícias, apesar de ser preocupante a queda de anticorpos. Ele temia que as vacinas pudessem não fornecer proteção contra a variante. "Está claro com os dados preliminares que a proteção é aumentada com uma terceira dose da nossa vacina", disse Albert Bourla, CEO da Pfizer.