Covid-19: Municípios podem aplicar 1,5 milhão de vacinas por dia

Informação é do presidente da CNM, Glademir Aroldi

Por Da Redação
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Covid-19: Municípios podem aplicar 1,5 milhão de vacinas por dia

Foto: Divulgação/PMMSJ

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, disse nesta segunda-feira (12), em audiência pública da comissão do Senado que fiscaliza as ações de combate à pandemia, que os municípios brasileiros possuem estrutura e capacidade para aplicar 1,5 milhão de doses de imunizantes contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, por dia. Ele afirmou também que a quantidade de doses aplicadas pode ampliar rapidamente a velocidade da vacinação no país, desde que haja vacinas disponibilizadas suficientemente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“Nas últimas semanas, ficou claro que o ritmo de vacinação é determinado exclusivamente pela oferta de imunizantes. Quando tivemos, há uma semana, a disponibilidade de um número maior de vacinas, chegamos a vacinar um pouquinho mais de 1 milhão de pessoas por dia. Hoje o número caiu. Por que o número caiu? Porque não existe vacina nos postos de saúde dos municípios. Reduzimos para 250, 300 mil pessoas vacinadas por dia”, questionou.

Segundo ele, o fato de o governo federal não estabelecer uma estratégia de gestão centralizada de combate à pandemia traz sérios prejuízos aos milhares de gestores locais. “Também ficou claro, nos últimos meses, que as medidas de distanciamento social adotadas pelos governos estaduais e gestores locais, sem nenhuma coordenação, planejamento e apoio do governo central, têm sucesso apenas na reação sempre tardia em situações de caos no sistema de saúde. Falta um mapeamento nacional sobre a propagação das novas variantes que, combinada com uma baixa testagem de nossa população, resulta num cenário em que estamos apenas ‘enxugando gelo’, lamentavelmente”, disse.

Ainda de acordo com o  presidente da CNM, a entidade monitora o quadro sanitário das 5.568 cidades brasileiras desde o início da pandemia. Ele afirmou ainda que, com base nesses levantamentos, fica evidente que a situação nunca esteve tão grave.

“Nas duas semanas, entre o final de março e o início de abril, 48% dos prefeitos relataram que o hospital de referência de sua região estava em risco iminente de ficar sem medicamentos do chamado kit intubação. Naquele mesmo período, o levantamento aponta que 26% dos prefeitos relataram risco iminente de falta de oxigênio. 25% dos gestores afirmam haver pacientes em seus municípios aguardando leitos de UTI. E 26% dos gestores relataram a falta de leito nas UPAs. Isso é extremamente preocupante”, disse.
 

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