CPI das Americanas: Moraes obriga ex-diretor a comparecer, mas permite silêncio
Márcio Meirelles, ex-diretor da empresa, é apontado como um dos responsáveis pela fraude fiscal nos balanços da Americanas
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O ex-diretor da Americanas S.A., Márcio Cruz Meirelles, está agendado para prestar seu depoimento diante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a empresa, marcado para esta terça-feira (15), com início às 15h, na qualidade de testemunha. Sua presença é compulsória conforme determinado pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Esta decisão surge como resultado da ausência de Meirelles na convocação anterior, programada para a terça-feira passada (8). O deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), responsável pela presidência da CPI da Americanas, afirmou que o ex-diretor não prestou justificativa para a sua ausência. Diante disso, Ribeiro emitiu autorização à Secretaria da Mesa da Câmara Baixa para tomar as "medidas necessárias visando à condução coercitiva" de Meirelles.
Márcio Meirelles é acusado de estar entre os principais envolvidos na manipulação fiscal que influenciou os registros financeiros da Americanas. Em janeiro, a empresa reportou uma deficiência de 40 bilhões de reais em suas finanças.
Entretanto, a equipe de defesa do ex-diretor apresentou uma petição para que ele não fosse sujeito à condução coercitiva e solicitou a presença de seu advogado durante sua apresentação diante da comissão. A decisão do ministro atendeu parcialmente ao pedido, permitindo a Meirelles o direito de se abster de responder a perguntas que possam autoincriminá-lo.
Meirelles irá comparecer perante a comissão como testemunha e deverá responder indagações relacionadas aos acontecimentos sob investigação. Além disso, Moraes também concedeu permissão para que o ex-diretor da Americanas esteja acompanhado por seus advogados durante a audiência, permitindo a comunicação com sua equipe de defesa durante o processo.