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CPI: Luis Miranda diz que fez ‘o que qualquer cidadão faria’

CPI ouve irmãos Miranda nesta sexta (25)

Por Da Redação
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CPI: Luis Miranda diz que fez ‘o que qualquer cidadão faria’

Foto: Agência Senado

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, prestam depoimento nesta sexta-feira (25) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado. Ambos falam sobre as negociações da vacina indiana Covaxin contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Durante a sessão desta sexta (25), o deputado afirmou que os dois foram expostos pelo vazamento de uma gravação registrada pelo Ministério Público Federal (MPF). O parlamentar também confirmou o encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para falar da pressão sofrida pelo irmão. “Não procuramos essa CPI, fomos procurados. Procurei meus colegas parlamentares desta CPI para explicar que o caminho poderia ser muito ruim para meu irmão. A maioria dos problemas ocorreu na semana que antecedeu o encontro com o presidente da República, em 20 de março”, disse.

Luis Miranda disse que, ao procurar Bolsonaro, fez “o que qualquer cidadão brasileiro deveria fazer”. “Não sou policial, não sou promotor de Justiça, não sou investigador. Levei para a pessoa certa, na minha opinião. O presidente olhou nos meus olhos e disse: ‘Isso é grave. Vou acionar o DG (diretor-geral) da Polícia Federal'”, contou.

Para o parlamentar, a decisão tomada por ele e o irmão foi o suficiente para o Brasil não despender dinheiro público com um imunizante ainda não utilizado. “Se não fôssemos nós, 45 milhões de dólares seriam pagos por uma vacina que até agora não se resolveu e não sabemos se vai se resolver”, apontou.

Luis Ricardo foi convidado após a CPI ter tido acesso ao depoimento dele ao Ministério Público Federal (MPF), em investigações sobre supostas irregularidades no processo de aquisição do imunizante indiano. O servidor disse ter sofrido pressão atípica de superiores. Além disso, ele também revelou que membros do governo federal articularam, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em favor da vacina. O parlamentar, por sua vez, colocou-se à disposição da comissão para participar ao lado do irmão.

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