CPMI da Fake News retoma atividades nesta terça-feira (29)
Disseminação pode estar ligada à disputa política, afirmam especialistas
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O delegado da Polícia Civil Alessandro Barreto e os representantes da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio, Carlos Felipe Almeida D'Oliveira; e da Safernet, Thiago Tavares Nunes de Oliveira; serão ouvidos nesta terça-feira (29) no Congresso, pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.
A oitiva faz parte do ciclo de audiências iniciado no dia 22 de outubro para embasar os trabalhos do colegiado. A reunião está marcada para acontecer à tarde, na Ala Senador Alexandre Costa, no Senado Federal.
No primeiro dia de trabalhos, especialistas ouvidos pela comissão foram unânimes em apontar que a disseminação das notícias falsas está ligada à disputa política. Doutor em Filosofia e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Wilson Gomes avalia que as fake news se tornaram um fenômeno mundial a partir de 2016, em um ambiente de “hiperpolarização política” e com o avanço da direita conservadora e digital.
Na ocasião, o comandante de Defesa Cibernética do Exército, general Guido Amin Naves, disse que, quando as fake news contagiam uma eleição, o equilíbrio de poder fica prejudicado. Ele sugeriu o "enfrentamento do problema desde cedo, nas escolas, com educação para uso das tecnologias".