CPMI das Fake News solicita explicações da Secom sobre relatórios de redes sociais do Planalto
Secom nega o monitoramento de pessoas ou perfis específicos
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News solicita explicações da Secretaria Especial de Comunicação (Secom) sobre os relatórios de monitoramento de redes sociais realizas pelo governo Jair Bolsonaro. Já foram protocolados quatro requerimentos e convocação para ouvir os servidores responsáveis pela gestão do serviço.
A CPMI quer ouvir quatro servidores da Secom: Michelle Catyana Mota Lira, Francisco Eleazar Pinilla Villegas, Márcia Maria Pachaly e Rodrigo Fayad de Albuquerque Rosa, atual subsecretário de articulação da Secom. Os quatro eram gestores e sub-gestores do serviço de monitoramento realizado junto à Isobar. A convocação deverá ser votada e aprovada pelos demais membros da comissão.
“A resistência do governo federal em dar publicidade aos relatórios e documentos torna imprescindível a apuração do seu conteúdo, tendo em vista as investigações conduzidas por esta CPMI, que apontam para a existência de uma milícia digital com o objetivo de destruir reputações sob o comando de um Gabinete do Ódio que estaria instalado no Palácio do Planalto”, afirmam os requerimentos assinados pela relatora da comissão, deputada Lídice da Mata (PSB-BA) e pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
Por outro lado, a Secom nega o monitoramento de pessoas ou perfis específicos nas redes sociais, no entanto, confirma que há "identificação e acompanhamento dos perfis mais compartilhados" dentro dos temas monitoradas pelo governo.
A pasta informou ainda que são monitorados "debates e conversas relacionados a órgãos públicos e autoridades públicas federais", como por exemplo o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão, além das contas de ministros, ministérios, secretarias e autarquias.