CPMI do INSS ouve o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi nesta segunda (8)
Reunião será interativa, com direito a perguntas e comentários dos cidadãos
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga fraudes em até R$ 6,3 bilhões em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ouve o ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, nesta segunda-feira (8). A reunião, marcada para às 16h, será interativa, com direito a perguntas e comentários dos cidadãos.
O convite a Lupi foi proposto pelo relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Conforme o parlamentar, o ex-ministro "detém informações imprescindíveis" para esclarecer as medidas adotadas para evitar o desconto ilegal nos benefícios de aposentados.
A primeira sessão da CPMI do INSS iniciou na última terça-feira (26), com pauta que já conta com 910 requerimentos aguardando análise. Enquanto 65% dos pedidos são originários do Senado Federal, 75% foram feitos por representantes da oposição.
A lista de convocações para depor inclui dez ex-presidentes do instituto, além de abranger comandantes da autarquia nos governos de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).
Escândalo do INSS
Lupi pediu demissão depois do escândalo de desvios de valores de aposentadorias e pensões pagas pelo INSS ser descoberto pela Controladoria-Geral da União (CGU) e Polícia Federal (PF). Após a sua saída, o Ministério da Previdência passou a ser comandado por Wolney Queiroz (PDT).
Conforme as investigações, as fraudes começaram no ano de 2019. Associações e entidades faziam descontos irregulares na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas sem a devida autorização.
Segundo estimativas do governo federal, mais de 4 milhões de pessoas podem ter sido lesadas. O prejuízo total pode chegar a cerca de R$ 6 bilhões.
