Coronavírus

Cresce a média de mortes maternas por Covid-19 nas primeiras treze semanas deste ano

No ano passado, em 43 semanas de pandemia foram 449 mortes

Por Da Redação
Ás

Cresce a média de mortes maternas por Covid-19 nas primeiras treze semanas deste ano

Foto: Getty images

Nas primeiras 13 semanas deste ano, o número de mortes maternas por Covid-19 mais do que dobrou em relação à média semanal do ano passado. Passou de 10,4 óbitos para 22,2 nas primeiras semanas deste ano, com 289 mortes. No ano passado, em 43 semanas de pandemia foram  449 mortes. 

Desde o início da pandemia, uma em cada cinco gestantes e puérperas internadas com Covid não tiveram acesso à UTI e 33,3% não foram intubadas, último recurso terapêutico para os casos graves da Covid-19.

Embora estudos mostrem que a gestação e o pós-parto aumentam o risco de complicações e morte por Covid-19, no Brasil o alto número de óbitos maternos associados à doença é atribuído à falta de assistência adequada.

Segundo a última atualização do OOBr Covid-19, um observatório obstétrico recém-lançado que agrupa informações de várias bases públicas, como os sistemas de nascidos vivos e de mortalidade materna, e o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe), no dia 7 de abril, desde o início da pandemia foram 9.479 casos de internações por Covid entre gestantes e puérperas, com 738 mortes.

No Pará, 46% das gestantes e puérperas mortas não puderam contar com terapia intensiva. Já no Rio Grande do Sul, 4% dos óbitos foram nessas circunstâncias.

No estado de São Paulo, 18% das gestantes e puérperas morreram fora da UTI e 38% não foram intubadas. Na capital paulista, 3% não chegaram à UTI e 24% não foram intubadas.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário