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Cresce no Brasil o número de pessoas mortas pela polícia em plena pandemia, no 1º semestre de 2020

O levantamento foi realizado com base nos dados oficiais de 25 estados e do Distrito Federal. Apenas Goiás se recusa a passar os dados

Por Da Redação
Ás

Cresce no Brasil o número de pessoas mortas pela polícia em plena pandemia, no 1º semestre de 2020

Foto: Reprodução

Levantamento realizado pelo G1 aponta que ao menos 3.148 pessoas foram mortas por policiais no primeiro semestre deste ano em todo o país. O número é 7% mais alto que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 2.934 mortes. 

A pesquisa mostra ainda que os casos de policiais que morreram em serviço e fora de serviço também apresentaram alta nos primeiros seis meses deste ano. Foram 103 policiais mortos, contra 83 no ano passado, o que representa um aumento de 24%.

O levantamento foi realizado com base nos dados oficiais de 25 estados e do Distrito Federal. Apenas Goiás se recusa a passar os dados. Foram solicitados os casos de “confrontos com civis ou lesões não naturais com intencionalidade” envolvendo policiais na ativa. Os pedidos foram feitos para as secretarias da Segurança Pública dos estados por meio da Lei de Acesso à Informação e das assessorias de imprensa.

Os dados chamam a atenção, pois o aumento de mortes neste ano aconteceu mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, que fez com que estados adotassem diversas medidas de isolamento social. Ou seja, houve alta na violência mesmo com menos pessoas nas ruas.

Renato Alves e Fernando Salla, do NEV-USP, destacam que é importante notar que "a letalidade policial não apenas produz grande número de mortes entre cidadãos comuns, mas vitima também a própria polícia". E que um elemento essencial por trás deste número é a ótica de guerra.

"A lógica acionada é da guerra, onde não cabe a moldura dos controles democráticos e dos limites impostos pelas leis. A narrativa apresentada pelos policiais é de que o inimigo (criminoso/suspeito) está sempre bem armado e enfrenta a polícia com poder de fogo e risco para os policiais", afirmam. 

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