Crescimento de empregos formais foi puxado por pessoas acima de 40 anos em 202

A Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2023 indica que pessoas acima de 40 anos compõem os três segmentos em que o emprego formal cresceu, na comparação com 2022. O relatório completo foi divulgado na última semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O número de empregos com carteira de trabalho ou de funcionários públicos ao final de 2023 era de 44 milhões e 469 mil respectivamente, o que representou um crescimento de 3,5%. O preenchimento e envio dos dados para a Rais é feito digitalmente, pelo eSocial desde 2019.

As três faixas que concentraram o aumento de vagas preenchidas foram as de 40 a 49 anos, com crescimento de 0,5 pontos percentuais; 50 a 59 anos, com variação positiva de 0,4 p.p.; 60 anos ou mais, com 0,3 p.p. As demais tiveram pequenas oscilações para baixo. Segundo o Censo 2022, a população entre 40 anos e 69 anos representa 35,3% dos brasileiros.

Setores e salário médio
Entre outros dados de 2023, destaca-se o avanço da indústria, cujo estoque de emprego em 2023 foi 1,4% maior (mais 121,3 mil vagas). Também foi a área onde se pagaram os maiores salários médios, no valor de R$ 4.181, um crescimento de 4,4% na comparação com o ano anterior. 

O setor de serviços foi o maior empregador, com acréscimo de 962,8 mil novos postos de trabalho, crescimento de 4,8%.  Em seguida, têm os setores de construção, com 6,8%, e "Outros Serviços”, que inclui os segmentos de artes, cultura e esportes, com 6,5%.

Este relatório excluiu trabalhadores contratados em regime jurídico especial no setor público das três esferas. A Rais é preenchida e entregue ao Governo Federal por empresas e instituições que têm em seus quadros celetistas, estatutários e trabalhadores avulsos, temporários, aprendizes e contratados por prazos determinados e indeterminados. Portanto, não representa a totalidade dos empregos existentes, não contabilizando informais e os que trabalham por conta própria, por exemplo.