Criança luta contra leucemia rara pela 4ª vez e pede ajuda para realizar tratamento fora do Brasil
Pais de Yasmin Bastos, de 10 anos, criaram uma 'vakinha online' para arrecadar fundos
Foto: Reprodução/Instagram
O isolamento social, medida essencial para conter o avanço da pandemia, não é tão atual para uma família de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, que há mais de cinco anos precisa se preservar dentro de casa para manter o sistema imunológico de Yasmin Bastos Nunes, de 10 anos, que luta contra a Leucemia Linfoblástica Aguda de precursor B (IFT), protegido. Em entrevista ao Farol da Bahia, Viviane Bastos, mãe de Yasmin, disse que recebeu o diagnóstico da filha em 2015, quando estava grávida do segundo filho. Na época, Yasmin tinha apenas quatro anos.
“Foi uma situação muito confusa para mim, muito triste. Meu irmão nascendo e eu internada em Salvador iniciando meu tratamento. Porém, quando retornava para casa meu irmãozinho passou a ser minha alegria”, disse Yasmin.
Segundo Viviane, a menina, desde a descoberta da doença, realizou todo o tratamento sem intercorrências. Contudo, após 5 meses do fim do tratamento, Yasmin recebeu uma má notícia. Em outubro de 2018, ela teve uma recaída da doença e os médicos descobriram que a leucemia tinha voltado de uma forma diferente que não atingia somente a medula. A doença voltou como uma leucemia extramedular, uma massa de tumores na região do abdômen, útero e ovário.
Após essa descoberta, a menina passou por cirurgia para ressecção e biópsia. Logo depois, Yasmin iniciou as sessões de quimioterapia e radioterapia. “Foram vários internamentos prolongados, várias transfusões, várias furadas, tudo muito sofrido para mim. Apesar de meus pais e eu termos escutado várias vezes e por vários médicos que esse diagnóstico era raro, nós confiamos e colocamos toda nossa fé no novo protocolo de tratamento”, contou a menina.
Em Janeiro do ano passado, Yasmin precisou ser internada novamente devido a uma neutropenia. A princípio foi detectado uma pneumonia, mas depois de ter feito outros exames a família de Yasmin foi pega mais uma vez de surpresa, pois em meio ao novo protocolo do tratamento, descobriram mais uma vez a recidiva da leucemia extramedular. Ou seja, a doença havia voltado. Após realização de exame genético, a menina passou, em julho de 2020, por um transplante de medula óssea autólogo. De acordo com a mãe de Yasmin, o transplante foi um sucesso. Apesar do resultado positivo do procedimento, após realizar um exame de controle, em outubro de 2020, a família recebeu o diagnóstico de que a doença tinha voltado pela terceira vez. Com isso, Yasmin teve que passar pela terceira cirurgia. “Ficamos tão tristes, doeu muito receber mais uma vez uma notícia dessas”, relatou Yasmin.
De acordo com Viviane, a filha dela iniciou um novo tratamento com a imunoterapia. Em dezembro do ano passado, receberam um presente de Natal: a doença estava zerada. Em janeiro deste ano, entretanto, Yasmin foi internada. “Passei o mês de janeiro todo internada. Já estava cansada com tantos internamentos prolongados, saudade de minha casa, de brincar com meu irmão, de ficar com toda minha família. Voltei para casa em fevereiro”, contou Yasmin.
Em março deste ano, a menina recebeu o diagnóstico que confirmava o retorno da doença pela quarta vez. Infelizmente, dessa vez, os médicos informaram que o tratamento com quimioterapia, radioterapia e imunoterapia não seriam suficientes e a única alternativa seria realizar a 'terapia cartcell', onde as células são reprogramadas e turbinadas em laboratório para depois reconhecer e atacar as células tumorais.
Nelson Pereira, pai de Yasmin, disse que tenta minimizar ao máximo os efeitos do tratamento na vida da filha. “Todos esses tratamentos foram satisfatórios por um período curto, ela ficou livre da doença após eles, mas a doença retornou de forma inespecífica e hoje Yasmim leva uma vida limitada, desde o início do tratamento, semanalmente estamos com ela em hospitais, foram vários internamentos, a pandemia aumentou a preocupação”, disse.
Este procedimento tem um custo muito alto e não é realizado no Brasil. O valor, só do tratamento, gira em torno de R$ 3 milhões, sem contar os custos médicos e de deslocamento. Viviane Bastos, mãe da pequena Yasmin, está entrando em contato com dois hospitais, um nos Estados Unidos e outro na Espanha. Com o objetivo de tornar o tratamento de Yasmin possível, foi criada uma “vakinha online” nas redes sociais. “O objetivo é tentar chegar a essa terapia porque o custo é fora da realidade de muitos brasileiros e a gente vem de forma humilde e de coração aberto, pedir a ajuda, a divulgação também é muito importante'', disse Nelson.
Em uma publicação no Instagram, a pequena Yasmin agradece e diz: "Eu só tenho a agradecer a Deus por mais essa oportunidade e conto com a ajuda de cada um de vocês para mudar essa história da minha vida. Com amor e gratidão, Yasmin Bastos Nunes".
Veja como ajudar:
Bradesco ( conta corrente)
Ag:2273. C/C: 38128-4
( Viviane P. Bastos Nunes)
Caixa Econômica ( conta corrente)
Ag: 3802 C/C: 21812-6
( Viviane P. Bastos Nunes)
PIX ( CPF: 826374315-04)
( Viviane P. Bastos Nunes)