Política

Cuidados familiares pode criar 300 milhões de empregos 

São necessários US$ 5,4 trilhões anuais para fechar lacunas em políticas de gênero

Por Da Redação
Ás

Cuidados familiares pode criar 300 milhões de empregos 

Foto: UNICEF/Giacomo Pirozzi

Um estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT, mostra que investir em licença parental remunerada e em serviços de cuidados com crianças e com idosos pode gerar quase 300 milhões de postos de trabalho até 2035. 

No relatório “Cuidados no Trabalho”, lançado na segunda-feira (7), a agência explica serem necessários US$ 5,4 trilhões anuais para fechar lacunas em políticas de gênero. Parte desse investimento poderá ser compensado com um aumento da receita tributária gerada pelos rendimentos adicionais e pelo emprego. 

OIT revela que 30% das mulheres em idade reprodutiva não têm proteção adequada, como licença-maternidade remunerada e mais de 1,2 bilhão de homens vivem em países sem licença-paternidade; são necessários US$ 5,4 trilhões por ano até 2035.

Um estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT, mostra que investir em licença parental remunerada e em serviços de cuidados com crianças e com idosos pode gerar quase 300 milhões de postos de trabalho até 2035. 

No relatório “Cuidados no Trabalho”, lançado esta segunda-feira, a agência explica serem necessários US$ 5,4 trilhões anuais para fechar lacunas em políticas de gênero. Parte desse investimento poderá ser compensado com um aumento da receita tributária gerada pelos rendimentos adicionais e pelo emprego. 

A OIT lamenta que “lacunas persistentes em serviços de cuidados e falhas em leis trabalhistas tenham deixado centenas de milhares de trabalhadores com responsabilidades familiares, porém sem proteção e apoio adequados”. 

O relatório mostra que três em cada 10 mulheres em idade reprodutiva, ou 649 milhões, não recebem os apoios exigidos pela Convenção da Proteção Materna da OIT, que pede pelo menos 14 semanas de licença-maternidade, com uma remuneração mínima de dois terços dos ganhos prévios. 

Dos 185 países abrangidos na pesquisa, 82 não seguem este padrão, apesar da licença parental remunerada ser um direito universal. Com este ritmo, ainda levarão 46 anos para que esse direito à licença-maternidade seja alcançado.

 

 

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