Custo de alimentos supera reajuste salarial e reduz poder de compra dos brasileiros, diz levantamento
Especialistas reforçam que as pessoas mais afetadas são as de baixa renda
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O custo dos alimentos no Brasil em um ano superou o reajuste salarial de 10,06% (acompanhando a inflação) e está fazendo com que o poder de compra dos brasileiros caía cada vez mais.
Um levantamento produzido pela CNN dos preços de alguns itens presentes na mesa do brasileiro, com base nos dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), constatou que o aumento deles foi de 14,8% em março deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Conforme informou a CNN, para chegar a esse diagnóstico foi levado em consideração sete itens básicos e presentes em praticamente todas as refeições da maioria das famílias: Arroz (1 kg), feijão (1 kg), farinha de trigo (1 kg), açúcar (1 kg), carne bovina (1 kg), óleo de soja (900ml), e café (500g).
Segundo a média de preços desses produtos no Dieese, em março de 2021, eles custavam, juntos, R$ 83,05. Agora, em março de 2022, esse valor subiu para R$ 95,38. Dos sete itens, apenas o arroz apresentou queda de preço nos últimos doze meses, passando de R$ 4,53 o Kg, para R$ 3,84.
O levantamento revelou ainda, que o maior aumento foi registrado no preço do café, teve alta de 72,3%. Um pacote de 500 gramas custa, atualmente, R$ 19,54.
Na análise de especialistas do setor, as pessoas mais afetadas pela crescente elevação no preço dos produtos básicos é o consumidor de baixa renda.