Política

Daniel Silveira “estava urinando sangue”, aponta a defesa do ex-deputado

Deputado teve atendimento médico em um hospital de Petrópolis, na região Serrada do Rio

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Daniel Silveira “estava urinando sangue”, aponta a defesa do ex-deputado

Foto: Plínio Xavier/Câmara dos Deputados

O advogado Paulo Faria, responsável pela defesa do ex-deputado Daniel Silveira, está correndo atrás da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de revogar a liberdade condicional concedida ao parlamentar após descumprimento de restrições impostas.

De acordo com Faria, o deputado teve atendimento médico em um hospital de Petrópolis, na região Serrada do Rio, pois estava “urinando sangue”.

“Quando ele me ligou, no sábado (21), com muita dor, eu o orientei a procurar um médico imediatamente. Pedi que levasse todos os documentos, que foram inclusive informados à SEAP [Secretaria de Administração Penitenciária] ainda na manhã de domingo, 22“, disse o advogado.

Silveira foi levado ao Hospital Santa Teresa, no Centro de Petrópolis, às 22h59 do sábado, 21, e ficou até 0h37 do domingo, 22. Segundo a defesa, Silveira foi apenas à unidade hospitalar e voltou para casa, que fica em Araras, no distrito de Petrópolis.

“Foi uma urgência real. Qual o interesse dele em descumprir uma ordem judicial?”, afirmou Paulo Faria.

Moraes decidiu na sexta-feira (20), QUE Silveira atendia os requisitos para liberdade condicional e autorizou a soltura do ex-parlamentar. Além de determinar que Daniel Silveira usasse tornozeleira eletrônica, Moraes proibiu o ex-deputado de deixar o país, acessar redes sociais, e prestar entrevistas e frequentar clubes de tiros, boates ou casas de jogos.

Prisão do Deputado

Moraes diz que Silveira “desrespeitou as condições impostas” ao ficar na eua quatro horas a mais do que o horário indicado.

“Logo em seu primeiro dia em livramento condicional, o sentenciado desrespeitou as condições impostas, pois – conforme informação prestada pela SEAPE/RJ –, no dia 22 de dezembro, somente retornou à sua residência as 02h10 horas da madrugada, ou seja, mais de quatro horas do horário limite fixado nas condições judiciais”, justificou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Condições

A liberação do ex-deputado estava condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de deixar o país, e ter acesso às redes socais, conceder entrevistas e frequentar clubes de tiro, boates ou casas de jogos. Ele também foi proibido de ter contato com investigados, entre os quais estão os indiciados por tentativa de golpe de Estado, e de participar de cerimônias de forças de segurança.

A defesa do ex-deputado reclamou na semana passada contra as limitações impostas ao cliente, classificado como desarrazoadas, desnecessárias e claramente com espírito de ódio e vingança, e perceptível a qualquer homem médio” e como a “a aplicação do direito penal do inimigo”.

O STF condenou em 2022, Silveira a oito anos e nove meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques aos ministros do tribunal e a instituições.

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