De volta à Câmara, Kiki Bispo quer manter boa relação com Geraldo Jr. apesar de crise com Bruno Reis
Partido do prefeito acionou Justiça federal e estadual contra reeleição do emedebista
Foto: Reprodução/CMS
Exonerado do cargo titular da Sempre (Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer), o vereador Kiki Bispo (União Brasil) retornou à Câmara Municipal de Salvador (CMS) defendendo que o grupo político do prefeito Bruno Reis (UB) mantenha boa relação com o presidente da Casa, Geraldo Júnior (MDB).
Após manobra para se reeleger presidente da CMS, Geraldinho foi alvo de ações judiciais no União Brasil, que tenta anular a eleição como retaliação do rompimento do MDB com o grupo de ACM Neto, pré-candidato ao governo da Bahia. O MDB desembarcou na base do governador Rui Costa (PT), consagrando Geraldo Jr. como vice na pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo estadual.
"Vou falar com o prefeito durante o dia de hoje. É muito provável que amanhã já vamos ter uma reunião com a todos os vereadores da base e alguns gestores da pasta. Não sei em que posição [ficarei], se na condição de liderança do governo, na parte das comissões temática. Não sei ao certo, mas onde me colocar, eu quero ser um soldado para que possamos fazer com que essa interlocução junto com com o presidente Geraldo Júnior possa ser a melhor possível. Que a gente possa separar aquilo que é político daquilo que é institucional. Política fica da porta da Câmara para fora", afirmou Kiki Bispo.
Apesar de reforçar que o União Brasil ajuizou três ações - uma no STF (Supremo Tribunal Federal) e duas na esfera estadual) - contra o presidente da CMS, Kiki afirmou que aguardará a decisão judicial para opinar sobre o caso. No Supremo, o relator da matéria é o ministro Nunes Marques.
"A decisão que cabe à justiça. Eu acompanhei a votação na época do senador Davi Alcolumbre, do presidente Rodrigo Maia. Me parece que isso gerou um precedente, mas aí a palavra final é do STF. E o presidente Geraldo Júnior já é um presidente reeleito. Portanto, no ponto de vista das decisões que têm sido aí proferidas pelo STF, um terceiro mandato não seria possível. Mas eu prefiro aguardar a decisão", acrescentou Kiki.