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ONU celebra 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Volker Turk instiga à ação em um evento de alto nível na ONU em Genebra

Por Da Redação
Ás

ONU celebra 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Foto: ONU/Greg Kinch

Durante a abertura do evento que celebra os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o alto comissário da ONU sobre o tema, Volker Turk, enfatizou a importância do momento como um "chamado à esperança e à ação" em um contexto de escassez de solidariedade e aumento de divisões. O evento de alto nível, sediado na ONU em Genebra e que se estende até terça-feira, reúne líderes globais, ativistas, especialistas, empresários e figuras públicas.

Em seu discurso, Turk fez um apelo para resgatar o espírito que originou a Declaração Universal, instando os Estados-membros a basearem suas decisões, em todos os níveis políticos, no valor intrínseco e igual de cada vida humana.

Ele ressaltou a origem da Declaração nos resquícios da Segunda Guerra Mundial, destacando que o texto emergiu em um período pós-guerra, oferecendo esperança após a horrenda destruição e o conhecimento do Holocausto, sinalizando a iminência da aniquilação total.

O alto comissário da ONU salientou a eficácia duradoura da Declaração, observando que diversos movimentos de libertação encontraram força em seu compromisso. Citou exemplos em que o documento serviu de inspiração, como lutas por independência, resistências a regimes opressivos, movimentos contra a segregação e o Apartheid, bem como esforços para responsabilização por crimes.

Adicionalmente, Turk sublinhou as múltiplas implicações da Declaração, que se estendem ao combate a todas as formas de discriminação, à proteção social e às condições dignas de trabalho.

O líder de direitos humanos enfatizou que este documento histórico, adotado na criação das Nações Unidas, ecoa princípios ancestrais que conectam a todos os seres humanos. Mencionou diversas fontes que influenciaram a Declaração, desde a luta contra a escravidão até os valores africanos de interdependência, a ênfase islâmica na dignidade humana, o iluminismo e a unidade presente em tradições espirituais asiáticas.

Contudo, Turk também reconheceu inúmeros fracassos na proteção e promoção dos direitos humanos ao longo dos últimos 75 anos.

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