Defensoras da cloroquina, Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro não se elegem em 2022
No ano passado, médicas foram investigadas na CPI da Covid-19
Foto: Divulgação/Agencia Senado
Após ganharem notoriedade por defender o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada para tratar a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, as médicas Nise Yamaguchi (Pros) e Mayra Pinheiro (PL) decidiram se arriscar e tentar uma vaga ao Congresso Nacional nas eleições deste ano. Porém, não conseguiram se eleger no último domingo (2).
Nise fez 36.690 votos em São Paulo, o que não foi suficiente. Da mesma forma, Mayra, que ficou conhecida como “Capitã Cloroquina”, chegou a 71.205 votos no Ceará. Com o número, assume como suplente. No ano passado, ambas chamaram atenção durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.
Pinheiro, defensora ferrenha da cloroquina, ficou conhecida por organizar uma comitiva de médicos a Manaus para promover o chamado “tratamento precoce” para a Covid-19, mesmo sem a comprovação de eficácia no tratamento da doença. Ela, que trabalhou diretamente no Ministério da Saúde, havia sido candidata anteriormente à Câmara, em 2014, e ao Senado Federal, em 2018, sem sucesso em ambas as campanhas.
Já Nise foi convocada pela CPI também por ser defensora do uso da cloroquina no tratamento da Covid-19. Além disso, era nominalmente citada como uma das integrantes do chamado “ministério paralelo”, que supostamente assessorava o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre medidas de enfrentamento da pandemia.