Defesa de Torres desiste de ouvir Paulo Guedes e outras duas testemunhas em ação no STF
Ex-ministro da Justiça é acusado de integrar organização criminosa desde junho de 2021

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, desistiu de ouvir três das seis testemunhas previstas para esta quinta-feira (29), em ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado com o objetivo de impedir o funcionamento regular dos Poderes da República e destituir o governo eleito em 2022.
As audiências estão sendo realizadas por videoconferência e são conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os nomes inicialmente indicados pela defesa estava o de Paulo Guedes, ex-ministro da Economia. No entanto, no início da sessão, o advogado Rafael Viana comunicou a desistência do depoimento.
Também foram dispensados Celio Faria, ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República (Segov), e Adler Anaximandro Cruz e Alves, integrante da Advocacia-Geral da União (AGU) desde 2003.
As testemunhas que ficaram são:
Bruno Bianco: ex-advogado-geral da União na gestão de Jair Bolsonaro (PL), que é réu na ação penal junto com Anderson Torres;
Wagner Rosário: ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) de 2017 a 2022;
Adolfo Sachsida: advogado e membro da equipe de economia de Jair Bolsonaro até 11 de maio de 2022, quando foi nomeado ministro de Minas e Energia. Ficou no cargo até 31 de dezembro de 2022.
De acordo com a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) integrou uma organização criminosa desde junho de 2021.
De acordo com a acusação, o grupo, que seria liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teria atuado nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e “utilizou violência e grave ameaça com o objetivo de impedir o regular funcionamento dos Poderes da República e depor um governo legitimamente eleito”.