Déficit das contas públicas chega a R$ 249 bi em 2023, aponta Banco Central
Dívida pública foi de R$ 8,1 trilhões, 2,7 pontos maior que em 2022
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A dívida bruta do Brasil fechou o ano de 2023 em 74,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, um aumento de 2,7 pontos percentuais em comparação ao registrado em 2022. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (7), pelo Banco Central.
As despesas são calculadas com base nas contas do governo federal, INSS, governos estaduais e municipais. O número veio em linha com o esperado pelo mercado.
Também foram divulgadas as contas do setor público consolidado, que inclui o governo federal, os estados, os municípios e as empresas estatais. No acumulado do ano, as contas apresentaram um déficit primário de R$ 249 bilhões, equivalente a 2,3% do PIB. No mesmo período de 2022, as contas públicas haviam registrado um superávit de R$ 126 bilhões.
O déficit primário considera que as despesas superam as receitas, o superávit é exatamente o contrário. A conta não considera o pagamento de juros da dívida pública.
Precatórios
Em dezembro do ano passado, as contas públicas apresentaram um déficit de R$ 129,6 bilhões, bem acima dos R$ 11,8 milhões registrados no mesmo período de 2022. Segundo o Banco Central, boa parte desse montante se deve ao pagamento de precatórios, estimado em R$ 92,4 bilhões.
As dívidas com precatórios, rolada do governo anterior com a PEC dos Precatórios, foi paga pela atual gestão, após um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF).