Demanda por frutas tropicais
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Mudanças comportamentais da sociedade, que está mais antenada e preocupada com alimentação saudável e consumo consciente, têm incrementado o mercado de frutas, num cenário em que o Brasil, como um país tropical, é diretamente impactado. E é um impacto positivo! Este indicativo tem induzido uma expansão na produção nos países produtores de manga e banana, por exemplo, e isso significa impulso à economia via agricultura.
Os números favorecem este entendimento e exercício de incremento econômico. De acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), divulgado esta semana, o Brasil junto a todos os países latino-americanos e caribenhos formam o segundo maior polo produtor de bananas e frutas tropicais. No triênio 2016-2018, a produção regional chegou a uma média anual de 54 milhões de toneladas de bananas e frutas tropicais. Ao longo desse mesmo período, as exportações dos produtos acumularam um total de 11 bilhões de dólares. São índices pra lá de interessantes para aplicá-los em planos econômicos em larga escala e pulverizados.
Por certo, existem rescaldos a serem sanados neste cenário, como melhorar a produtividade dos agricultores familiares e seu poder de barganha, aumentar a resiliência a desastres climáticos e outros choques e conectar os locais de produção remotos aos mercados.
A inclusão justa dos pequenos produtores neste mercado em expansão é uma maneira de driblar a estagnação econômica e aproximar cadeias produtivas. Por que não idealizar, inclusive com aporte governamental, um cinturão de frutas tropicais organizado e com atuação forte, algo parecido com a organização bastante conhecida de certos centros agrários nos Estados Unidos?
É a microeconomia que oferece oportunidades para o Brasil continuar a recuperação financeira e espantar o fantasma de que 2019 já é um ano perdido.