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Dengue: estudo diz que aumento de casos está associado às mudanças climáticas

Brasil passou de 1,6 milhão de casos de dengue neste ano

Por Da Redação
Ás

Dengue: estudo diz que aumento de casos está associado às mudanças climáticas

Foto: Reprodução/Pixabay

O estudo "Mudanças climáticas, anomalias térmicas e a recente progressão da dengue no Brasil", publicado no portal Scientific Reports da Nature, revela que as ondas de calor frequentes, resultantes das mudanças climáticas, combinadas com a urbanização incompleta e a grande circulação de pessoas em determinadas áreas, estão contribuindo para a expansão da dengue para o interior do país.

O autor do estudo, o pesquisador Christovam Barcellos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ressalta que a dengue vem se espalhando para as regiões Sul e Centro-Oeste, onde a doença não era tão comum. 

Isso está ocorrendo por conta do aumento na ocorrência de eventos climáticos extremos, como secas e inundações. Além disso, outro fator decisivo seria a degradação ambiental, especialmente no Cerrado, que vem sofrendo com o desmatamento, queimadas e conversão de florestas em pasto.

“Nessas regiões que estão sofrendo com altas de temperatura, também temos visto um desmatamento muito acelerado. E dentro do Cerrado Brasileiro há as cidades que já têm ilhas de calor, áreas de subúrbio ou periferias com péssimas condições de saneamento, tornando mais difícil combater o mosquito”, disse Barcellos. 

O estudo utilizou técnicas de mineração de dados para avaliar a associação entre anomalias térmicas, fatores demográficos e mudanças nos padrões de incidência de dengue ao longo de um período de 21 anos (2000-2020) nas microrregiões do Brasil. 

Dados

O Brasil passou de 1,6 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta sexta-feira (16), o país registrou 1.684.781 casos nas primeiras dez semanas deste ano, superando a taxa total de 2023, 1.658.816.

Na Bahia, segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), foram contabilizados 54.790 mil casos prováveis até o dia 14 de março deste ano e 16 mortes foram contabilizadas até a última sexta (15). 

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