Denúncias de assédio eleitoral elevam em mais de 2.500% no segundo turno
O caso é investigado pelo Ministério Público do Trabalho
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Na reta final da campanha presidencial, o Ministério Público do Trabalho (MPT) revelou que o número de denúncias de assédio eleitoral contra trabalhadores da iniciativa privada e servidores elevaram em 2.577% entre o primeiro e o segundo turnos da eleição 2022. Segundo o órgão, as denúncias não foram classificadas de acordo com os partidos políticos.
Como destacaram especialistas ouvidos pelo Estadão, as pressões são mais graves que a simples manifestação de apoio. Com isso, podem se tornar um motivo de sofrimento emocional para muitos eleitores.
Até o momento, o MPT recebeu 1.633 denúncias de 1.284 empresas diferentes. 1.572 delas foram registradas após o dia 2 de outubro. O montante é quase oito vezes maior do que os casos encaminhados ao MPT durante o período eleitoral de 2018, quando foram verificados 212 relatos.
Segundo a Procuradoria-Geral do Trabalho, um gabinete de crise foi instalado para lidar com a demanda exagerada de denúncias de assédio eleitoral. De acordo com o procurador-geral José de Lima Ramos Pereira, o órgão tem compilado dados e divulgado duas vezes ao dia, com objetivo de manter o panorama atualizado.