General Heleno afirma que possíveis irregularidades em inserções de rádio são 'gravíssimas'
As declarações foram feitas na última quarta-feira (26) durante entrevista a uma revista
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, classificou como "gravíssimas" as denúncias feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre inserções de propaganda eleitoral nas rádios. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (26), durante entrevista a uma revista.
A campanha do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, revelou que o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, teve 154.085 inserções de rádio a mais do que o atual chefe do Executivo federal.
"É uma falha seríssima do TSE. As providências precisam ser tomadas. E, agora, está muito difícil de tomar decisões cabíveis", disse o general à revista. "É óbvio que a situação é gravíssima. Compete ao Tribunal Superior Eleitoral, junto aos Tribunais Regionais Eleitorais, manter o equilíbrio entre os candidatos. Eles têm de ter o mesmo acesso, o mesmo número de inserções."
Nesta quarta, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, extingiu a ação que tratava das queixas encaminhadas pela campanha de Bolsonaro. Como destacou o magistrado, o documento com as acusações apresentava "inépcia".
Na resolução, Moraes diz que não foram apresentadas provas suficientes das alegações de irregularidades. Além de eliminar o caso no TSE, o ministro solicitou que uma cópia do processo seja incluída no inquérito sobre milícias digitais, que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).
Algumas horas depois, o presidente Bolsonaro afirmou que vai recorrer de decisão do magistrado. "No que depender de mim, será contratada esta auditoria para uma terceira prova, se bem que nem precisava de outra prova. Sempre queremos e lutaremos por democracia, por respeito à constituição e por respeito ao Estado democrático de direito. As eleições estão aí, mas sabemos que um lado, que é o meu lado, foi muito prejudicado", disse.
As declarações foram feitas em entrevista no Palácio do Alvorada, em Brasília. Além do chefe do Executivo, ministros que foram convocados por Bolsonaro estavam no local.