Departamento de Justiça diz que documentos na casa de Trump podem ter sido escondidos
Ação teria como objetivo obstruir investigação do FBI
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou na noite da última terça-feira (30), em um processo judicial de grande repercussão, que documentos do governo foram “provavelmente escondidos e removidos” de um depósito em Mar-a-Lago como parte de um esforço para “obstruir” a investigação do FBI sobre o possível manuseio incorreto de materiais sigilosos pelo ex-presidente Donald Trump.
Até o momento, o arquivamento representa a prova mais forte do Departamento de Justiça de que Trump ocultou registros que estava mantendo em sua residência na Flórida, na tentativa de obstrução da investigação. No processo, foram mostrados novos detalhes da ação do órgão para se opor ao esforço de Trump de intervir na investigação federal.
De acordo com as investigações, o desejo de Trump para que um advogado terceirizado fosse nomeado para o caso demonstra uma forte refutação das críticas à busca sem precedentes do FBI na residência do ex-presidente. O Departamento de Justiça aponta que essa realidade expõe como Trump não devolveu as dezenas de documentos confidenciais, mesmo depois que seu advogado atestou que ele havia fornecido todo o material que estava em sua posse.
Uma foto na página final do arquivo mostrando os referidos papéis espalhados pelo chão, com marcas classificadas como “HCS”, mostrou o quão sensível era o material que Trump havia escondido. Em questão está o cumprimento de Trump em uma intimação do júri, emitida em maio, exigindo que ele entregue os documentos confidenciais que estavam em Mar-a-Lago.
Os promotores disseram na terça-feira que alguns dos materiais provavelmente foram removidos de uma sala de armazenamento antes que os advogados de Trump examinassem a área, enquanto tentavam cumprir a intimação. “O governo também desenvolveu evidências de que os registros do governo provavelmente foram ocultados e removidos da sala de armazenamento. E que provavelmente foram feitos esforços para obstruir a investigação do governo”, escreveram os promotores.
