Depoimento de Bolsonaro à PF sobre possível importunação a baleia é remarcado
inquérito é fundamentado em vídeo que viralizou nas redes sociais
Foto: Alan Santos | PR
A Polícia Federal (PF) adiou o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação ao inquérito que apura sua possível importunação a uma baleia jubarte durante um passeio de jet-ski em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Anteriormente marcada para 7 de fevereiro, a oitiva agora está programada para 27 de fevereiro.
A investigação teve início após um passeio de moto aquática realizado no fim de semana de 16 e 17 de junho do ano passado. Bolsonaro, hospedado na casa de seu advogado, Fábio Wajngarten, que o acompanhava na atividade. Um vídeo postado nas redes sociais mostra o jet-ski com motor ligado se aproximando a cerca de 15 metros do animal.
Wajngarten também terá seu depoimento adiado, passando para a mesma data, 27 de fevereiro, na capital paulista.
O inquérito, fundamentado no vídeo, ressalta a proibição legal da pesca e do "molestamento intencional" de animais marinhos nas áreas litorâneas do Brasil. As penalidades para esse tipo de infração incluem prisão de dois a cinco anos, além de multa.
Em novembro, durante um evento em Porto Alegre, Bolsonaro abordou o caso, comentando as acusações contra ele. O ex-presidente afirmou: "Todo dia tem uma maldade em cima de mim. A de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério, que diz que eu queria dar golpe, mas some com vídeos", referindo-se a Flávio Dino, então ministro da Justiça.