Depois de 12 anos, Justiça condena padre por impedir aborto legal

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STF) que determina que o padre Luiz Carlos Lodi pague uma indenização de R$ 398 mil a um casal de Goiás, por ter interrompido um aborto autorizado pela Justiça. O caso aconteceu em 2005 e só no dia 18 de agosto deste ano a ação contra o padre foi validada.

Na época, em 2005, a mulher, identificada como Tatielle Gomes, tinha 19 anos estava grávida de um bebê que tinha um síndrome rara, conhecida como 'Body Stalk', quando parte dos órgãos do feto ficam do lado de fora do corpo, impossibilitando sobrevivência fora do útero. Depois de realizar sete laudos médicos, o casal conseguiu na Justiça o direito pelo aborto legal.

Porém, na época do procedimento, ocorrido em 2007, Tatielle teve o processo interrompido depois que o padre moveu uma ação contra o aborto, que, de acordo com reportagem do grupo 'Az Mina', já tinha movido outras ações para impedir outros abortos legais na cidade. 

Depois de um período de sofrimento, Tatielle teve o parto induzido e, como o previsto, o bebê sobreviveu por pouco mais de uma hora.

Segundo a reportagem da 'Az Mina', assim que Tatielle receber a indenização do padre, ela devolverá o valor para um fundo voltado para o atendimento de outras mulheres.