Política

Deputado afirma que já possui 50 assinaturas para PEC que anula decisões do STF

Regimento interno da Câmara dos Deputados exige que uma PEC deve ter pelo menos 171 votos

Por Da Redação
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Deputado afirma que já possui 50 assinaturas para PEC que anula decisões do STF

Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

O deputado federal Domingos Sávio (PL-MG) afirmou, em entrevista à CNN, que já possui as 50 assinaturas necessárias para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permitiria ao Poder Legislativo sustar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o deputado, a ideia é que, na semana que vem, ele procure individualmente parlamentares para apoiar a proposta. O regimento interno da Câmara dos Deputados exige que uma PEC deve ter pelo menos 171 votos para tramitar na Casa Legislativa.

“Nós vamos procurar o apoio de todos na tentativa de aperfeiçoar o sistema político brasileiro. Mas vamos discutir individualmente, sem envolver as lideranças partidárias", disse o congressista.

Ele ainda afirma que, além de assinaturas em seu próprio partido, foram conquistados apoios junto a integrantes da frente parlamentar do agronegócio.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), teria sinalizado NA TERÇA-FEIRA (14), que não é uma prioridade para o país a PEC (Proposta de Emenda à Constituição). Segundo deputados aliados, Lira acha que a proposta não deve ter êxito.

A iniciativa, no entanto, tem o apoio da liderança do governo na Câmara dos Deputados. A proposta quer incluir na Constituição Federal um inciso que preveja anular decisões da Suprema Corte. Para isso, prevê o texto, a decisão precisa ter “transitado em julgado sem aprovação unânime dos seus membros” e desde que “extrapole os limites constitucionais”.

Sávio explicou que, caso aprovada, não seria simples a tramitação de um pedido de anulação de uma decisão da Suprema Corte. Além dos pré-requisitos previstos na proposta, para que ele começasse a tramitar, precisaria obter o apoio da maioria absoluta na Câmara e no Senado.

Caso o pedido de anulação obtenha o respaldo necessário, só seria aprovado com  apoio de 3/5 da Câmara e do Senado, em dois turnos de votação.

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