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Deputado protocola representação junto à PGR para averiguar compra de cerveja e carne para Forças Armadas

Para o Elias Vaz, é necessária uma investigação sobre a compra de "produtos desnecessários" em plena pandemia

Por Juliana Dias
Ás

Deputado protocola representação junto à PGR para averiguar compra de cerveja e carne para Forças Armadas

Foto: Reprodução

O deputado federal por Goiás, Elias Vaz (PSB), protocolou nesta terça-feira (9) uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) para averiguar processos de compra de cerveja e carne para as Forças Armadas identificados no Painel de Preços do Ministério da Economia. Para o deputado, é necessária uma investigação sobre a compra de "produtos desnecessários" em plena pandemia e a preços que ele identificou como abusivos. De acordo com a denúncia, foram comprados mais de 700 mil quilos de carne, como picanha e alcatra, além de cerca de 80 mil latas e garrafas de cervejas de diversas marcas. De acordo com o deputado, o superfaturamento do preço dos produtos chega a até 67%, comparando com preços encontrados nos supermercados. Além dele, oito deputados da sigla assinam o documento, entre eles, Lídice da Mata (PSB-BA).

Conforme levantamento da assessoria do deputado, pregões homologados do Exército e Marinha registram o preço da lata da Bohemia Puro Malte a R$4,33 enquanto nos supermercados a mesma cerveja pode ser encontrada no varejo a R$2,59, uma diferença de 67%. “Não há a menor lógica de um consumidor comum pagar menos por um produto no varejo que o governo. Em uma compra de grande volume, sempre há descontos e preços mais baixos”, opina o deputado Elias Vaz.

Também foram identificados processos para compra de 714,7 mil quilos de picanha para os Comandos do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, para a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) e para o Departamento de Administração Interna do Ministério da Defesa. Para o deputado, chama atenção o preço de R$ 84,14 por quilo de picanha (no processo para compra de 13.670 quilos), obtido por meio do Pregão Eletrônico n° 37/2019, concluído em 29 de janeiro de 2020 e conduzido pela Diretoria de Abastecimento da Marinha.  “É uma ofensa ao Princípio da Moralidade Pública, uma vez que os cortes de picanha são produtos nobres e inacessíveis para boa parte dos brasileiros, que lutam para garantir o arroz com feijão de cada dia”, falou.  

Outro exemplo identificado no Painel de Preços do Ministério da Economia é o item 434 do Pregão Eletrônico n° 37/2019, concluído no dia 29 de janeiro de 2020, em que a Diretoria de Abastecimento da Marinha iniciou o processo de compra de 62.370 quilos de miolo de alcatra ao custo de R$82,37.

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