Deputados bolsonaristas liberam R$ 860 mil em emenda para filme de ex-assessor de Mário Frias
Segundo site, recursos são oriundos do Ministério da Cultura

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Um levantamento do portal UOL, com base no Portal da Transparência da Câmara, revelou que os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Mário Frias (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS) destinaram R$ 860.896 em recursos públicos para a produção do documentário "Genocidas". O projeto é produzido por ex-integrantes da Secretaria Especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL).
A verba, oriunda do Ministério da Cultura, foi repassada nos dias 7 e 11 de fevereiro por meio de emendas parlamentares destinadas à Associação Passos da Liberdade. Embora o CNPJ da entidade tenha sido registrado em 2008, o canal no YouTube foi criado apenas no ano passado e conta com um único vídeo publicado: um documentário sobre a Operação Acolhida, com pouco mais de 30 visualizações.
Sediada em Porto Alegre (RS), a Passos da Liberdade é presidida por Rodrigo Cassol Lima, que foi o número dois da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Cultural no governo Bolsonaro. O órgão era subordinado à Secretaria Especial de Cultura, então comandada por Mário Frias.
O domínio do site da entidade foi registrado em dezembro de 2024, cerca de duas semanas antes do empenho das emendas parlamentares.
A distribuição dos recursos foi a seguinte:
•Eduardo Bolsonaro destinou R$ 500 mil;
•Mário Frias alocou R$ 180 mil;
•Marcos Pollon direcionou R$ 100 mil.
Em nota, Rodrigo Cassol confirmou que os recursos serão usados na produção do filme e afirmou que a Passos da Liberdade é uma entidade beneficente.