Derrota de Bolsonaro é 'página virada', diz ex-ministro Celso Amorim
Amorim afirmou que atos pelo Brasil não vão prevalecer após a saída do atual presidente
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
O ex-ministro da Defesa Celso Amorim afirmou que os protestos contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atos pelo Brasil que criticam resultados das urnas não vão prevalecer após a saída do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eles (militares) querem olhar para o futuro. Todos querem olhar para o futuro. É página virada. A própria eleição virou isso para trás”, afirmou Amorim em entrevista ao Estadão. O ex-ministro também foi chanceler nos governos de Lula e de Itamar Franco, além de ter sido o titular da Defesa na gestão de Dilma Rousseff.
Até o momento, o mais cotado para assumir o Itamaraty no governo Lula é o embaixador Mauro Vieira, que foi ministro das Relações Exteriores durante o mandato de Dilma.
O ex-ministro, que está presente na equipe de transição do governo Lula, evitou citar nomes para o cargo, mas informou que, independentemente de ser ou não um diplomata de carreira, o novo chanceler precisa ser alguém que entenda de relações internacionais.
No governo Bolsonaro, os militares tiveram um protagonismo político. Além do Ministério da Defesa, integrantes das Forças Armadas chegaram a comandar Saúde e Minas e Energia, além de estatais, como Correios e Petrobras.