Derrota para o Internacional deixa Bahia longe do G-6
Tricolor chega à quarta partida seguida sem vencer dentro da Fonte Nova
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia
O Bahia mais uma vez tropeçou jogando em casa. Com a derrota para o Internacional por 3 a 2, em partida realizada na noite deste sábado (26), na Fonte Nova, pela 28ª rodada do Brasileirão, o Tricolor chega a quatro partidas sem vencer jogando em casa, e perde a chance de se aproximar do G-6. O time baiano segue em oitavo com 41 pontos, enquanto o Colorado sobe para quinta posição, com 45.
O Bahia fez uma partida bastante irregular na primeira etapa, o Tricolor foi muito dependente das jogadas de velocidade de Marco Antônio para tentar oferecer algum perigo à meta colorada, o que nem sempre dava resultado. De resto foi uma partida muito pobre de qualidade técnica dos mandantes, errando passes fáceis e sofrendo muito nos contra-ataques do Internacional. A defesa do time baiano também esteve muito mal postada e sofreu para conter os ataques do time gaúcho.
Já o Inter marcava com eficiência e quando tinha chance de explorar o contra-ataque oferecia perigo. O colorado inclusive, quase abriu o placar aos 10 minutos quando Heitor cobrou escanteio e Cuesta subiu de cabeça pra testar bonito e a bola tocar nas duas traves, passar em frente a linha do gol de Douglas e não entrar. A torcida tricolor pôde respirar aliviada.
Wellington Silva aos 14 minutos em jogada de contra-ataque soltou a bomba e exigiu boa defesa de Douglas evitando o gol. Neilton, aos 15, também teve boa chance mas chutou por cima da meta tricolor. Crescendo na partida, o colorado foi pra cima em busca da vitória. Guerrero, aos 25, em oportunidade dentro da área, cortou Lucas Fonseca e chutou firme, para mais uma vez Douglas evitar o primeiro do rival.
O tricolor manteve mais posse de bola, mas a articulação das jogadas foi pouco eficiente e a sequência de passes errados no meio campo e no ataque comprometiam as possibilidades de chegar ao gol. De negativo também há de se destacar a fraca atuação do lateral-esquerdo Giovanni. O jogador recebia muitas bolas nas costas e foi um dos que mais comprometeram no setor defensivo. Para sorte do Bahia, o Inter pouco explorou o lado esquerdo. De positivo há de destacar a regularidade de Douglas, que mais uma vez, foi o melhor do esquadrão em campo, sempre importante com as defesas.
Se teve uma equipe que merecia sair com a vitória parcial esse time foi o Internacional. O time colorado foi quem mais propôs situações de perigo, esteve bem postado defensivamente e mesmo com pouca posse de bola sabia explorar muito bem os contra-ataques. Principal arma adotada pelo treinador Zé Ricardo, já conhecido por essa tática de jogar sem a bola e deixar o adversário propor o jogo.
Na segunda etapa, aparentemente só o Internacional voltou a campo. O colorado esteve ligado desde o apito inicial e com boa marcação e eficiente na troca de passes conseguiu abrir o placar. Aos 3 minutos, Guerrero recebeu de Guilherme Parede e chutou cruzado, sem chance de defesa para Douglas, encerrando um incômodo jejum do peruano que não marcava há sete jogos.
Displicente da defesa, o Bahia sentiu o gol e demonstrou afobação que lhe custou o segundo da equipe colorada. Aos 7 minutos, Guerrero disputou bola pelo alto com Nino Paraíba, o lateral ganhou o lance mas ao recuar pra Douglas, deu a bola no pé de Parede, que driblou o arqueiro tricolor e chutou pro gol, ampliando o placar.
Mais aos trancos e barrancos do que pela técnica, o Bahia conseguiu diminuir o placar. Aos 25 minutos, Artur que vinha mal na partida, entrou dentro da área, cortou a defesa e chutou, a bola bateu na trave, na cabeça de Lomba e entrou. O gol deu ânimo ao tricolor que mandou mais o time para o ataque, mas permanecia com o mesmo defeito: os erros de passes.
Aos 28 minutos, Lucas Fonseca tentou toque no meio-campo pra Guerra, mas deu a bola de graça pra Edenílson, que saiu em velocidade e serviu Guerrero dentro da área, o peruano limpou o zagueiro e chutou bonito para ampliar. Golaço. Gol este que deixou evidente como o setor defensivo do Bahia não jogou bem e comprometeu diretamente no resultado negativo.
Tentando diminuir o prejuízo, o Bahia ainda marcou outro gol aos 40 minutos. Em levantamento de bola na área, Guerra, que vinha jogando mal, ajeitou de cabeça e Juninho sem deixar a bola cair, emendou de primeira, marcando um golaço. Mas nem a raça no final do jogo foi suficiente para escapar da derrota e nem das vaias da torcida, que não deixaram barato o mal jogo feito pela equipe de Roger Machado.
Panorama da partida
O Bahia mais uma vez pecou pela péssima atuação na segunda etapa. Assim como foi contra o Ceará, a equipe abdicou de jogar e só pressionava a equipe adversária após sofrer gol. Os erros de passes são um fundamento que precisa ser muito treinado por Roger Machado. Certamente foi uma das partidas que o tricolor mais errou nesse quesito. A torcida do time baiano também não perdoou o lateral-esquerdo Giovanni, e com razão. O jogador fez uma partida pra esquecer. Principalmente no quesito defensivo, ele deixou muitos espaços no próprio lado e também foi quem mais trocou passes de maneira equivocada.
Há também jogadores que há muito tempo estão devendo e comprometem o rendimento da equipe tricolor. Artur esteve apagado no jogo e pouco explorou as jogadas em velocidade, mesmo com o gol marcado não esteve em bom dia. Gilberto, lento e pouco participativo, foi presa fácil para marcação de Vitor Cuesta. A má atuação do artilheiro também não foi perdoada pela torcida, que o vaiou o atacante após substituição.
A equipe tricolor agora terá pela frente o Santos na próxima quinta-feira (31), às 19h15, na Vila Belmiro. Já o Internacional joga no mesmo dia, só que mais tarde, às 21h30, diante do Athletico-PR, no Beira Rio.