Desabastecimento no SUS pode implicar no tratamento médico de 60 mil brasileiros
Saúde admite 'lacuna' por problemas administrativos
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Em carta aberta enviada ao Ministério da Saúde, as entidades médicas manifestaram preocupação com o desabastecimento de medicamentos para os 60 mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que já começaram a sentir as implicações com a falta de insumos e podem sofrer consequências com a interrupção dos tratamentos.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Ricardo Xavier, às vezes o paciente pode estar respondendo bem a um medicamento e, ao ser trocado, todo o tratamento pode não ser mais eficaz.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde admitiu que poderá ter uma "lacuna" no abastecimento devido aos problemas administrativos. A pasta emitiu ainda um ofício aos Estados em que informava sobre a troca de laboratórios fabricantes do medicamento, após a empresa anterior perder o registro junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Uma nova farmacêutica já está em fase inicial de produção, mas a previsão de regularização total de medicamentos está para outubro deste ano.
Na carta, as entidades sugerem que a pasta realize uma compra emergencial do adalimumabe (medicamento contra artrite reumatoide grave) para suprir as demandas já existentes e para evitar total falta do remédio em um futuro próximo.