'Desafio da direita é fazer com que Lula não ganhe a eleição no primeiro turno', analisa CEO da AtlasIntel
Andrei Roman reforça conclusão com base no resultado da eleição de 2022, quando o presidente da República terminou com 48,43% dos votos válidos no turno inicial

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O cientista político e CEO do instituto de pesquisa AtlasIntel, Andrei Roman, avalia que a direita brasileira precisa trabalhar para impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença o primeiro turno nas eleições presidenciais de 2026.
Em entrevista ao portal Exame, Roman reforçou a conclusão com base no resultado da eleição de 2022, quando o presidente da República terminou o turno inicial com 48,43% dos votos válidos.
"O primeiro desafio da direita é fazer com que Lula não ganhe a eleição no primeiro turno. Se analisarmos a eleição passada, as candidaturas existentes fragmentavam mais o campo de centro-esquerda do que o campo da direita", afirmou.
O cientista justifica que o cenário atual da próxima eleição não promove grandes adversários dentro do próprio espectro político, o que evitaria uma divisão de votos. Ele também reforça que a fragmentação pode ocorrer no campo da direita.
"Se ele tem 50% de aprovação e não há uma candidatura para fragmentar esse espaço progressista, por que ele não poderia ganhar? Em tese, se Lula atrair parte dos eleitores da Simone e do Ciro da eleição anterior, chega a 50% no primeiro turno da próxima eleição. Esse é um desafio factível", analisou.
Roman citou que a ministra do Planejamento do governo Lula, Simone Tebet (MDB), teve 4% dos votos, enquanto Ciro Gomes (PDT) alcançou 3% nas eleições de 2022. Já no lado da direita, os nomes cogitados para disputar o pleito são os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo), Ratinho Jr. (PSD) e Eduardo Leite (PSDB).