Desemprego no Brasil registra taxa de 7,5% no trimestre encerrado em novembro
Pesquisa do IBGE destaca redução de 0,3 ponto percentual
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,5% no trimestre móvel encerrado em novembro de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse índice representa uma redução de 0,3 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior. Foi a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%).
A população desocupada (8,2 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 6,2% (menos 539 mil pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015 (8,15 milhões).
A população ocupada (100,5 milhões), novo recorde da série histórica, cresceu 0,9% no trimestre (mais 853 mil pessoas) e 0,8% (mais 815 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,4%, variando 0,4 p.p. na comparação trimestral (57,0%) e mantendo-se estável no ano.
A taxa composta de subutilização (17,4%) variou -0,3 p.p. no trimestre (17,6%) e caiu 1,6 p.p. ante o trimestre encerrado em novembro de 2022 (18,9%). Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em junho de 2015 (17,3%). A população subutilizada (20,0 milhões de pessoas) não variou de forma significativa no trimestre e recuou 9,0% no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,5 milhões) cresceu 3,6% no trimestre (191 mil pessoas) e caiu 5,5% (317 mil) no ano.
A população fora da força de trabalho (66,5 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 1,9% (mais 1,2 milhão) na comparação anual.
A população desalentada (3,4 milhões) caiu 5,5% ante o trimestre anterior (menos 196 mil pessoas) e 16,9% (menos 687 mil pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em agosto de 2016 (3,3 milhões). O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,0%) variou -0,2 p.p. no trimestre e recuou 0,6 p.p. no ano. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (2,9%).
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 37,7 milhões, com alta de 1,4% (mais 515 mil) no trimestre e de 2,5% (mais 935 mil) no ano. Foi o segundo maior contingente desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012, atrás apenas de junho de 2014 (37,8 milhões). Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) foi o maior da série, apesar de ficar estável no trimestre e no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões de pessoas) também ficou estável frente ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas).
Outras categorias que ficaram estáveis nas duas comparações foram a dos empregadores (4,2 milhões de pessoas) e a dos empregados no setor público (12,2 milhões de pessoas).
A taxa de informalidade foi de 39,2% da população ocupada (ou 39,4 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1% no trimestre anterior e 38,9% no mesmo trimestre de 2022.
Rendimento
O rendimento real habitual (R$ 3.034) cresceu 2,3% no trimestre e 3,8% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 300,2 bilhões) atingiu um novo recorde, crescendo 3,2% frente ao trimestre anterior e subindo 4,8% na comparação anual.
No trimestre móvel de setembro a novembro de 2023, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 108,7 milhões de pessoas, crescendo 0,6% (mais 645 mil pessoas) frente ao trimestre de junho a agosto de 2023 e ficando estável no ano.
Frente ao trimestre móvel anterior, segundo os grupamentos de atividades investigados pela pesquisa, houve aumento no número de ocupados dos grupamentos: Indústria Geral (2,9%, ou mais 369 mil pessoas) e Construção (2,8%, ou mais 199 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Frente ao trimestre de setembro a novembro de 2022, houve alta em: Transporte, armazenagem e correio (4,3%, ou mais 228 mil pessoas), Alojamento e alimentação (4,0%, ou mais 207 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,0%, ou mais 486 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,3%, ou mais 403 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-4,3%, ou menos 365 mil pessoas).
Quanto ao rendimento médio real habitual (R$ 3.034), frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento nos seguintes grupamentos de atividade: Indústria (5,6%, ou mais R$ 161) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,6%, ou mais R$ 108). Os demais ficaram estáveis.
Frente ao mesmo período do ano anterior, houve altas em: Indústria (7,7%, ou mais R$ 216), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,3%, ou mais R$ 126), Alojamento e alimentação (6,1%, ou mais R$ 113) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,5%, ou mais R$ 144). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Ocupação categorias com aumento
Entre as posições na ocupação, em relação ao trimestre anterior, as seguintes categorias apresentaram aumento: Empregado com carteira de trabalho assinada (2,1%, ou mais R$ 59) e Conta-própria (3,6%, ou mais R$ 86). As demais categorias ficaram estáveis.
Frente ao mesmo trimestre de 2022, houve alta nas categorias: Empregado com carteira de trabalho assinada (2,9%, ou mais R$ 80), Empregado sem carteira assinada (7,1%, ou mais R$ 138), Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (2,9%, ou mais R$ 126), Empregador (9,8%, ou mais R$ 691) e Conta-própria (4,2%, ou mais R$ 99).